Representatividade da mulher negra e indígena é tema do Módulo IV do Curso de Gênero e Raça/Etnia. Veja no canal da DPMG

Por Assessoria de Comunicação em 6 de julho de 2022

A Defensoria Pública de Minas Gerais, por meio da Escola Superior (Esdep-MG), abriu nesta quarta-feira (6/7) o Módulo IV do “Curso de Formação Continuada em Gênero e Raça/Etnia: Uma Perspectiva Interseccional da Defensoria Pública”. O evento tem o apoio da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos de Minas Gerais (ADEP-MG).

Atuaram como facilitadoras desta edição a mestra em Direito Público, professora de Direito Internacional, primeira mulher indígena a ingressar na Defensoria Pública e indígena do povo Tuxá, defensora pública Aléssia Bertuleza, da Bahia; e a advogada e presidenta da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB da Bahia, Dandara Amazzi.

Também participaram a defensora pública-auxiliar da Defensoria Pública-Geral e coordenadora estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, Samantha Vilarinho Mello Alves; e a defensora pública membra do Conselho Superior da DPMG, Liliana Fonseca, que foi mediadora da conversa.

A turma deste módulo, com o nome Umbelina Lopes, foi realizada como forma de homenagear a história de força e atuação da defensora pública, autora do livro “Mulheres em Pedaços” e percursora do Núcleo de Defesa dos Direitos das Mulheres em Situação de Violência Doméstica (Nudem), Umbelina da Consolação Lopes.

Durante o curso, foram debatidos a importância da discussão sobre a população negra e indígena na sociedade atual, representatividade, o racismo e machismo estrutural, bem como criminalização e base histórica da pobreza no Brasil. Ainda foram destaque os direitos fundamentais, políticas públicas e espaços que permitam a proximidade de mulheres pretas e indígenas à institucionalidade.

A mediadora, defensora pública Liliana Fonseca, ressaltou a importância da realização do curso para o conhecimento das realidades de pessoas invisibilizadas e destacou a participação e atuação das facilitadoras presentes. “Hoje temos mulheres que quebram paradigmas, que saem do lugar comum para ocupar espaços de poder, que antes não eram dados a elas”, reforçou.

Em sua fala, a defensora pública Aléssia Bertuleza destacou a necessidade de se compreender as realidades indígenas, a perpetuação dos direitos fundamentais, bem como a importância da discussão sobre a questão da invisibilidade dos indígenas e a quebra dos estereótipos e romantização desses povos.

“Quando colocam a gente dentro de uma caixinha de padrões da sociedade é negado a nós toda diversidade, história, riqueza cultural e o direito de existir”, disse a defensora pública da Bahia. Sobre o trabalho das Defensorias Públicas, Aléssia reforçou que “é função, enquanto defensores e defensoras públicas, levar também a informação e acolhimentos às vozes e lutas dos povos indígenas”.

Dandara Amazzi destacou, enquanto mulher negra, as questões de miscigenação racial e escravização dos povos pretos no Brasil. Ela falou também sobre a importância da atuação especializada e sensível ao apoio às mulheres negras por meio das Defensorias Públicas, a necessidade de falar sobre políticas sociais e públicas voltadas a essa parcela da população, bem como entender as causas e o histórico a respeito da pobreza no país.

Para ela, é necessário que, na atuação das Defensorias Públicas, importante na mediação do acesso judiciário às pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, sejam sempre evidentes o direito violado pela sociedade a essa pessoa e o conflito social a qual ela vive.

A próxima edição do Módulo IV será no dia 15 de julho (sexta-feira), de 9 às 11 horas.

Clique aqui para assistir.

Compartilhar com:
Tags:

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS

Utilizamos cookies neste site para: melhorar a funcionalidade, personalizar a experiência de navegação, analisar o tráfego e para efeitos de marketing e publicidade personalizada. Veja nossa Política de Privacidade.

Cookies estritamente necessários: São aqueles cookies que permitem a você navegar pelo site e usar recursos essenciais, como áreas seguras, por exemplo. Esses cookies não guardam quaisquer informações sobre você que possam ser usadas em ações de comunicação de produto ou serviço ou para lembrar as páginas navegadas no site.

Os cookies de estatísticas, ou análises, traduzem as interações dos visitantes em relatórios detalhados de comportamento, de maneira anônima.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

A opinião do cidadão é importante para a constante melhoria dos serviços. Para críticas, sugestões ou esclarecer dúvidas, Fale com a Defensoria.