Defensoria Pública Itinerante leva edição especial do Mutirão Direito a Ter Pai da Defensoria de Minas a Nova Serrana 

Por Assessoria de Comunicação em 29 de setembro de 2023

Nova Serrana, na região Centro-Oeste do Estado, recebeu nesta sexta (29/9) a Defensoria Pública Itinerante, que levou uma edição especial do Mutirão Direito a Ter Pai ao município. 

Realizado anualmente pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) em diversas unidades da Instituição simultaneamente, o Direito a Ter Pai busca garantir o direito à paternidade e fomentar a estruturação da família.  

Foto 30 

Os atendimentos foram feitos no ônibus da Defensoria Pública Itinerante e na Faculdade de Nova Serrana, apoiadora do mutirão – Fotos: Marcelo Sant’Anna/DPMG 

Nova Serrana é o primeiro município a receber a iniciativa por meio da Defensoria Pública Itinerante, projeto que leva os serviços da Instituição a comarcas onde não há Defensoria instalada, com ênfase nas ações extrajudiciais da Instituição, como Mutirão Direito a Ter Pai, Meu Documento e Mutirão das Famílias. 

No início da manhã, o ônibus da Defensoria Itinerante estruturado para o atendimento já estava estacionado na Faculdade de Nova Serrana para receber as cidadãs e cidadãos que se inscreveram para participar. 

Atendimento no interior do ônibus, que conta com seis guichês, além de cabine adaptada para coleta de material para exame de DNA

Com todos os serviços gratuitos, o mutirão disponibilizou para a população exames de DNA e reconhecimento espontâneo de paternidade/maternidade, além do reconhecimento socioafetivo, que é o reconhecimento jurídico da maternidade e/ou paternidade com base no afeto, sem que haja vínculo biológico entre as pessoas.   

O reconhecimento do parentesco socioafetivo produz os mesmos efeitos, pessoais e patrimoniais, do parentesco biológico, tanto para os pais, quanto para filhas e filhos. 

Defensora pública e participantes do mutirão durante atendimento nas dependências da Faculdade de Nova Serrana  

Esta edição especial do Mutirão Direito a Ter Pai em Nova Serrana é uma realização da Defensoria Pública de Minas Gerais em parceria com a Prefeitura de Nova Serrana e apoio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Faculdade de Nova Serrana. 

Abertura oficial 

Representando a defensora pública-geral Raquel Gomes de Sousa da Costa Dias na abertura do evento, a coordenadora de Projetos, Convênios e Parcerias, defensora pública Michelle Lopes Mascarenhas Glaeser, destacou o esforço coletivo e a mobilização integrada dos representantes do Sistema de Justiça e do Legislativo municipal para a realização do mutirão itinerante em Nova Serrana.  

Michelle Mascarenhas observou que o mutirão itinerante visou possibilitar às pessoas da comarca, que não tem Defensoria Pública instalada, o acesso a serviços aos quais elas precisariam ingressar com uma ação judicial para conseguir. 

“A Defensoria Itinerante leva a Defensoria Pública a todos os locais, inclusive a aqueles em que a Instituição não está instalada, levando até a população o acesso a direitos de forma extrajudicial. Atuamos como agentes de transformação social e é essa a garantia que queremos levar”, afirmou a defensora pública. 

Coordenadora de Projetos, Convênios e Parcerias, defensora pública Michelle Mascarenhas, durante a abertura do evento

O secretário de Desenvolvimento Social do município, Gustavo Amaral, ressaltou a relevância da realização do mutirão. “Para nós é um marco, até pela parceria com a Defensoria Pública, em razão do volume que temos de não declaração de pai no cartório”, observou. 

Secretário de Desenvolvimento Social, Gustavo Amaral 

Rodrigo Peres Pereira, juiz de Direito do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Nova Serrana, destacou a parceria entre as instituições na busca de direitos. “É uma iniciativa da Defensoria Pública e da Prefeitura de Nova Serrana, com a chancela do Poder Judiciário e do Ministério Público, em que se busca o direito à paternidade. É um direito da pessoa, não é uma faculdade, não é um favor a pessoa ter um pai, biológico ou afetivo. Então é uma ação que visa à própria dignidade da pessoa humana”, afirmou o magistrado. 

Juiz de Direito Rodrigo Peres Pereira 

A promotora de Justiça Maria Tereza Diniz Alcântara Damaso também salientou a importância da realização do mutirão no município. “Somos uma cidade industrial, com muitos migrantes, em que muitas crianças acabam nascendo sem o registro da paternidade, o que as torna desde o início mais vulneráveis, sem a convivência com o pai, sem o apoio material do pai. Então, um projeto como esse, que visa atrair as famílias, os pais, as mães, para o reconhecimento da paternidade, nos ajuda a fortalecer a família que, de acordo com a Constituição, é uma das bases da nossa sociedade”, observou. 

Promotora de Justiça Maria Tereza Diniz Alcântara Damaso 

Histórias de amor 

José e Daiana moram em Teófilo Otoni e foram até Nova Serrana para registrarem a filha Ayumi Vitória no mutirão.  

José relata que é importante para ele como pai ver a filha carregando seu sobrenome e também acha fundamental para o desenvolvimento da criança. Daiana também pensa dessa forma. Ela conta que precisariam pagar para registrar a filha, mas ficou sabendo do mutirão e aproveitou a oportunidade. “Hoje é um dia especial para nós. Esperamos mais de um ano para essa realização”, afirmou. 

José, Daiana e Ayumi: dia especial

Reconhecimento socioafetivo 

Adeisa e Alax Carlos foram registrar a pequena Malu Heloisa. O detalhe é que Alax é pai afetivo da menina de um ano e quatro meses.  

Adeisa afirma que é grata pela estrutura familiar de Alax, que desde o início do relacionamento acolheu sua filha. Ela conta que o casal viu que era o momento certo para o companheiro assumir a paternidade socioafetiva da criança, já que a filha é apegada emocionalmente e o tem como pai. 

Feliz com o acontecimento, Alax considera que a pequena Malu vem para agregar à família. “Primeiramente tem que ter o amor. Um amor igual o que eu tenho por ela. Então, para mim é gratificante. Ser pai de novo é bom demais”, afirmou. Alax também destacou que é necessário que o pai tenha atitude e seja responsável por seus filhos. Para ele, um filho é um acerto e ele está grato e feliz por ter acertado em ser o pai de Malu. 

Alessandra Amaral – Jornalista/DPMG, com a colaboração dos estagiários Diego Graim e Gracieli Rocha. 

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