Defensoria Pública de Minas participa da 26ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de BH com orientações e apoio aos participantes
Está sem tempo de ler agora? Que tal ouvir a notícia?

No último domingo (20/7), Belo Horizonte recebeu a 26ª Parada do Orgulho LGBTQIA+, evento que reuniu milhares de pessoas, com a concentração no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Avenida Brasil, seguindo em passeata até a Praça Sete de Setembro.
Com o tema “Envelhecer bem: direito às políticas públicas do bem viver, ao prazer e à cidade”, a edição deste ano reforçou a importância de discutir o envelhecimento da população LGBTQIAPN+ e a garantia de direitos que promovam uma vida digna.
A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) marcou presença na 26ª Parada com um estande repleto de materiais informativos, incluindo cartilhas, folders de educação em direitos e adesivos com a mensagem “Experiência e orgulho – Direitos iguais para todos!”.
O estande contou com a participação da coordenadora da Defensoria Especializada da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência, Fernanda Fernandes, do assessor técnico jurídico Rane Salim, e dos servidores Alfredo Júnior e Isabella Brandes. Juntos, eles ofereceram orientação jurídica e apoio à comunidade LGBTQIA+ presente no evento.

CELLOS-MG
O Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (CELLOS-MG) é o organizador oficial da Parada LGBTQIA+ de Belo Horizonte, desempenhando um papel fundamental na coordenação e realização do evento, garantindo que seja um espaço de visibilidade, resistência e celebração para a comunidade.
Trata-se de uma entidade da sociedade civil que luta pelos direitos e promoção da cidadania da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – LGBT. Além disso, combate a homofobia e todas as formas de preconceito.

“Nós ainda vivemos momentos em que a nossa população não tem acesso pleno à saúde, ao bem-viver, à qualidade de vida. Então, trazer esse tema, é muito caro para nós. Estamos vivendo em um momento em que o Brasil é o país que mais mata a população LGBT. A população trans tem uma expectativa de vida de 35 anos de idade e nós precisamos mudar essa estatística”, afirmou Justiny Chosen, vice-presidenta do CELLOS-MG.
Ela também ressaltou a importância de ter a Defensoria Pública na Parada LGBTQIA+ de Belo Horizonte.
“Ter a Defensoria Pública aqui com a gente é muito importante, porque a Defensoria também garante os direitos da nossa população. Então, ter a Defensoria aqui hoje é uma prova de que nós estamos caminhando para o direito à cidadania plena da nossa população”.

A diretora estadual de Políticas de Diversidade, Walkiria La Roche, destacou a importância de falar sobre o envelhecimento e pensar em políticas públicas objetivas para a população LGBTQIA+ envelhecida.
“É muito importante essa convivência, mostrar que todas as idades, hoje, estão falando sobre o envelhecimento. Eu sou prova viva de que envelhecer é possível”, afirmou.



A defensora pública Fernanda Fernandes, coordenadora da Defensoria Especializada da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência, reforçou a importância de discutir as demandas específicas da população idosa LGBTQIA+ e também a participação da DPMG.
Segundo ela, “é urgente discutir políticas públicas e acessibilidade aos espaços da cidade para as pessoas idosas LGBTQIA+. Não existe data e nem hora marcada para se tornar uma pessoa velha, e o envelhecimento não ocorre da mesma forma para todas as pessoas. É importante levar em consideração os marcadores sociais, como, por exemplo, as desigualdades e discriminações vivenciadas ao longo da vida por questões de gênero, sexualidade e raça.”
Fernanda também chamou a atenção para a necessidade de dar visibilidade ao tema e reforçou o papel da Instituição: “É importante que a Defensoria Pública esteja presente e cada vez mais próxima de movimentos sociais e políticos como este, pois só assim poderemos garantir que pessoas vulnerabilizadas possam conhecer nosso trabalho e as formas de garantir seus direitos.”
Participação da Defensoria Pública de Minas Gerais
A presença da DPMG na parada reforça o compromisso da Instituição com a defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Através do estande e da interação direta com os participantes, a Defensoria ofereceu informações sobre direitos e serviços disponíveis, fortalecendo a rede de apoio e proteção jurídica para essa população.
A DPMG realiza atendimentos voltados a essa população por meio da Defensoria Especializada dos Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais, e também da Defensoria Especializada da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência, garantindo acolhimento e orientação jurídica qualificada.