Defensoria Pública faz atendimentos no encerramento de evento do ‘Outubro Prateado’ realizado pela PBH
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A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), por meio de sua Defensoria Especializada da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência, participou do evento promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte para marcar o encerramento das comemorações do mês “Outubro Prateado”, na tarde desta quinta-feira (31/10).
No evento, que aconteceu no Centro de Referência da Pessoa Idosa de BH, a Defensoria Pública prestou orientação jurídica e distribuição de cartilhas aos presentes. A defensora pública Fernanda Fernandes Milagres, em atuação na Defensoria Especializada da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência, coordenou a equipe da DPMG na realização dos atendimentos.
“Muitas vezes, a pessoa idosa não consegue identificar quando está sofrendo uma situação de violência. Ou até mesmo, consegue identificar, mas sente receio de tomar qualquer atitude. É importante a pessoa idosa entender que possui um amparo legal e institucional para correr atrás de seus direitos e de proteção”, relata.
Os atendimentos buscaram esclarecer dúvidas e encaminhar juridicamente os participantes do evento.
Para Teresinha, viúva há 9 anos, o encontro foi importante para que fosse orientada acerca de quais seus direitos na divisão da herança de seu marido. “O tempo está passando e eu quero saber se tenho direito a alguma coisa”, conta.
Fernanda Fernandes também salienta a importância da família no processo de envelhecimento, que deve ser conduzido de forma inclusiva, para que não haja violência.
“As famílias também buscam os atendimentos para se organizar nos cuidados com a pessoa idosa. O envelhecimento, dentro da família, é desafiador. Qual é o limite entre o cuidado e a autonomia que uma pessoa que está envelhecendo ainda tem?”, questiona a defensora.

De acordo com a defensora pública, a DPMG tem buscado desenvolver a rede assistência às pessoas idosas, se aproximando dos equipamentos que oferecem serviços para a população idosa, como a PBH e instituições de longa permanência. “Acreditamos que o trabalho em conjunto surte mais efeito do que é realizado de forma isolada”, afirma Fernanda Fernandes.
Além dos atendimentos, a Defensoria Pública também promoveu a distribuição de sua nova cartilha “A idade não é um problema, o idadismo sim”, que visa combater esse tipo de violência e discriminação relacionada à idade.
“Escutamos algumas frases como: ‘a partir de certa idade, as pessoas não podem cuidar do seu dinheiro’ ou ‘não podem se casar ou namorar’. Buscamos desmistificar esses estigmas e fazer certa mudança nos paradigmas”, explica Fernanda Fernandes.
Luigy Hudson – Estagiário sob supervisão da Ascom.