Palestra traz o papel estratégico das Delegacias da Mulher como porta de entrada para o acolhimento da mulher vítima de violência
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No mês em que se comemora o aniversário da lei Maria da Penha, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), por meio da sua Escola Superior (Esdep), realizou nesta terça-feira (12/8) a palestra “Instituições como porta de entrada: a experiência das DEAMs na escuta e proteção às mulheres”, com a delegada Larissa Maia Campos Falles, diretora estadual de Gestão das Delegacias Especializadas de Proteção à Mulher. A iniciativa integra a campanha Agosto Lilás 2025.
Na abertura, a defensora pública-geral, Raquel Gomes de Sousa da Costa Dias, ressaltou a importância da lei Maria da Penha, do trabalho em rede e das Delegacias Especializadas no Atendimento das Mulheres, que, de acordo com a defensora-geral, são as portas de entrada dos casos de violência doméstica familiar contra a mulher.

“A lei Maria da Penha, importante marco jurídico para a proteção e defesa dos direitos das mulheres, trouxe conscientização social e a integração entre as instituições, mas é fundamental o fortalecimento da rede de proteção, pois ainda enfrentamos muitos desafios. As notícias estão aí, no dia a dia, os dados são alarmantes’, ressaltou a defensora-geral, Raquel da Costa Dias.

Em sua fala, a delegada de Polícia Larissa Maia Campos Falles trouxe a experiência da Polícia Civil na escuta e atendimento das mulheres vítimas de violência, apresentando o programa ‘PCMG por Elas’. De acordo com a delegada, o programa tem o objetivo de estabelecer as diretrizes e estratégias institucionais de acolhimento, proteção e combate à violência contra a mulher.
“Um dos pilares do programa está no atendimento humanizado especializado. Hoje, o mote principal que falamos nas 70 Delegacias da Mulher, distribuídas em várias regiões do estado, é o princípio do acolhimento. Não fazemos um atendimento apenas, reforçamos para nossos servidores, porque é um trabalho contínuo, constante de capacitação, para que todo mundo tenha essa consciência, que precisamos sempre melhorar, pois quando uma mulher procura a delegacia, não queremos que ela volte para casa, queremos que ela se sinta acolhida e que consigamos passar segurança para ela”, disse Larissa Falles.

A palestra “Instituições como porta de entrada: a experiência das DEAMs na escuta e proteção às mulheres” encontra-se disponível no podcast ‘Esdep no Ar’.
Cristiane Silva, jornalista/DPMG