A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) realizou na noite desta quinta-feira (23/11) roda de conversa sobre a bacia de contenção de cheias do Córrego do Cercadinho e seus impactos sociais e ambientais.  

Mais uma iniciativa em educação em direitos, a roda de conversa debateu a construção de bacias de contenção para solução de problemas de drenagem pluvial, os impactos sociais e ambientais no município.  

O bate-papo foi mediado pela defensora pública Cleide Aparecida Nepomuceno, em atuação na Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais. O tema foi apresentado pelo professor de Arquitetura da UFMG, Roberto Eustáquio dos Santos, e pela professora e geógrafa Márcia Rodrigues Marques.   

Os professores explicaram a importância e as características da bacia do Cercadinho. Em seguida, explicaram o funcionamento das bacias de contenção de água da chuva e de outras obras de alto impacto previstas. Ao final, apresentaram propostas alternativas para lidar com os problemas das cheias vivenciadas no município de Belo Horizonte. 

Realizado de forma virtual, pelo canal da DPMG no YouTube (c/defensoriamineira), a iniciativa é, de acordo com a defensora pública Cleide Nepomuceno, mais um espaço oferecido pela Defensoria Pública para promover a educação e a troca de informações.  

“Acreditamos que somente com a informação e o conhecimento as pessoas possam ter uma participação mais democrática nas decisões que afetam diretamente na vida da comunidade. Lutamos e reivindicamos para que a população atingida por uma obra, da envergadura de uma bacia de contenção de cheias, deva ser ouvida, possa inferir, participar e opinar sobre outras alternativas”, pontuou a defensora pública.  

Clique aqui para assistir a roda de conversa na íntegra.

Bacia do Cercadinho  

A bacia hidrográfica do Córrego do Cercadinho, afluente do Ribeirão Arrudas, corta Belo Horizonte no sentido Oeste/Leste e compreende os bairros Buritis, Estoril, Estrela Dalva, Palmeiras, Havaí e parte do Belvedere e Olhos D’água. Existe uma área protegida na bacia, classificada como Área de Proteção Ambiental do Cercadinho, criada pelo Decreto Estadual nº 32017, de 1990. 

Desde junho deste ano a Defensoria Pública de Minas vem acompanhando a situação dos projetos de manutenção da região do Córrego do Cercadinho e tem participado de reuniões para discutir sobre o assunto junto com membros do Coletivo Cemar e moradores do bairro Estoril. 

Dentre as propostas previstas para a recuperação da área foi acrescentado, pelo Município, a construção de uma bacia de contenção de cheias e a abertura de uma via pública. As obras, de acordo com os representantes do poder municipal, têm como objetivo a contenção de inundação de chuvas na avenida Tereza Cristina e melhorias na malha viária da região. 

Cristiane Silva – Jornalista/DPMG.