2º Congresso Mineiro das Câmaras de Estudos traz reflexão sobre atuação jurídica institucional sob o prisma da Agenda 2030 da ONU 

Por Assessoria de Comunicação em 21 de novembro de 2023

As dimensões social e econômica no desenvolvimento sustentável proposto pela Agenda 2030 da ONU e aspectos relacionados ao ambiente jurídico foram a tônica dos temas debatidos nesta terça-feira (21/11), no segundo dia do 2º Congresso Mineiro das Câmaras de Estudos promovido pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG). 

A Câmara de Estudos Cíveis, Processual Civil e de Direito Público trouxe o tema “A possibilidade de penhora salarial na contramão da erradicação da pobreza”, à luz do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 01 da Agenda 2030 da ONU. 

Os palestrantes foram o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo Rômolo Russo Júnior e o defensor público Rafael Ferreira Bizelli. A defensora pública Daniele Rodrigues de Souza Bernd foi a mediadora do debate. 

O painel girou em torno das consequências da decisão recente do Superior Tribunal de Justiça, que flexibilizou a impenhorabilidade do salário para pagamento de dívida não alimentar. Necessidade de humanização da perspectiva da penhora e da busca de um juízo de equidade entre as forças, além de aspectos da subsistência do público atendido pela Defensoria Pública, foram alguns dos pontos discutidos. 

Desembargador Rômolo Russo em participação remota – Fotos: Marcelo Sant’Anna/DPMG 

Defensor público Rafael Bizelli e a defensora pública Daniele Bernd 

Paz e inclusão 

“Paz, justiça e instituições eficazes” foi o tema da segunda palestra do dia, proposta pela Câmara de Estudos de Tutela das Famílias. A defensora pública Cristiana Mendes de Carvalho Oliveira, do Rio de Janeiro, desenvolveu o assunto relacionando-o ao ODS nº 16, que propõe a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas e proporcionar acesso à justiça para todas e todos. Ela falou sobre obstáculos reais do acesso à justiça e, entre outros aspectos, destacou como grandes desafios a cultura do litígio e a mentalidade predominantemente adversarial da sociedade e do Sistema de Justiça. A mediadora foi a defensora pública Regiane Kuster Kapiche. 

Defensora pública Regiane Kapiche 

Aporofobia 

Sob o prisma dos Objetivos 10 e 16 da Agenda 2030, a Câmara de Estudos Criminais e Processual Penal discutiu o tema “Aporofobia e perfilamento racial: do subjetivismo policial para a busca pessoal”. O defensor público Flávio Rodrigues Lelles foi o palestrante e o defensor público Renan Paulo dos Santos, o mediador.  

O debate passou pela aporofobia presente nos sistemas social, político, jurídico e penal, inserindo o papel da instituição Defensoria Pública na promoção dos direitos humanos.  

Defensor público Flávio Lelles 
Defensor público Renan Paulo dos Santos 

Na sequência das palestras, o debate foi conduzido pela Coordenadoria Estratégia de Promoção e Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes (CEDEDICA) e pela Coordenadoria Estratégica de Tutela Coletiva (CETUC). 

Clique para assistir às palestras desta terça. 

O Congresso continua até esta quarta-feira (22/11). Clique para acessar a transmissão. https://www.youtube.com/watch?v=-ZeBtaYVTgc 

Com o tema central “Agenda 2030 da ONU na Defensoria Pública”, o 2º Congresso Mineiro das Câmaras de Estudos é promovido pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e sua Escola Superior, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional. 

Alessandra Amaral – Jornalista DPMG. 

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