2º Congresso Mineiro das Câmaras de Estudos da DPMG debate Agenda 2030 da ONU na Instituição. Assista aqui 

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A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) abriu nesta segunda-feira (20/11) o 2º Congresso Mineiro das Câmaras de Estudos, evento voltado para capacitação de seu público interno. Durante três manhãs, defensoras públicas, defensores públicos e pessoas convidadas irão debater o tema central “Agenda 2030 da ONU na Defensoria Pública”. 

Aliando o compartilhamento do conhecimento teórico produzido pelas Câmaras de Estudos da DPMG à atuação prática e estratégica, a programação conta com palestras que contemplam temas afetos a todas as Câmaras e se interligam aos Centros de Atuação Estratégica (CAEs), com a participação das Coordenadorias Estratégicas pertinentes ao final das palestras de cada dia. 

O evento acontece presencialmente, no auditório da DPMG, e forma remota, com transmissão pelo Teams – Foto: Marcelo Sant’Anna/DPMG

O subdefensor público-geral Nikolas Katopodis representou a defensora-geral Raquel Gomes de Sousa da Costa Dias na abertura do evento e salientou a importância da temática e sua afinidade com a missão da Defensoria Pública. 

“No âmbito da gestão da DPMG existem vários projetos de sustentabilidade, mas para além da atividade administrativa, é preciso pensar a Agenda 2030 como política institucional. Seus objetivos de sustentabilidade e diminuição de desigualdades são muito próximos e dentro da temática de atuação da Defensoria Pública”, afirmou o subdefensor-geral. 

Presentes na abertura a defensora pública-auxiliar da Corregedoria-Geral, Marina Buck; o subdefensor público-geral Nikolas Katopodis; e a coordenadora da Esdep e da CDI, Silvana Lobo – Foto: Mateus Felipe/DPMG

Representando o corregedor-geral da DPMG, Galeno Gomes Siqueira, a defensora pública-auxiliar Marina Buck Carvalho Sampaio observou que todas as matérias pautadas no Congresso têm ressonância com as propostas da Agenda 2030. 

A coordenadora da Escola Superior e do Centro de Desenvolvimento Institucional (CDI), defensora pública Silvana Lobo, enfatizou a importância do Congresso e do seu tema. “Somente com o conhecimento dos conteúdos poderemos melhorar nosso trabalho a cada dia. Este é o nosso diferencial e é isso que tornará a nossa instituição ainda mais respeitada”, disse. 

Palestras 

A defensora pública Mariana Carvalho de Paula de Lima, assessora de Administração Estratégica e Inovação e integrante da Câmara de Estudos Institucionais e Estudos de Controle de Constitucionalidade e Convencionalidade, inaugurou o ciclo de palestras abordando o papel da Defensoria Pública na implementação dos Objetivos da Agenda 2030 da ONU. 

Tratando de conceito, características e consequências jurídicas, Mariana Carvalho forneceu uma visão geral da Agenda 2030 da ONU, plano global que visa atingirmos em 2030 um mundo melhor para todos os povos e nações. 

Defensora pública Mariana Carvalho abriu o ciclo de palestras – Foto: Marcelo Sant’Anna/DPMG

A Agenda 2030 estabelece 17 Objetivos de desenvolvimento sustentável, que envolvem a adoção de medidas ousadas, abrangentes e essenciais para promover o Estado de Direito, os direitos humanos e a responsividade das instituições públicas. 

Instituições inclusivas 

Na sequência, o debate envolveu a Câmara de Estudos de Igualdade Étnico-racial, de Gênero e de Diversidade Sexual, que abordou a Agenda 2030 da ONU e a busca pela igualdade de gênero; pela implementação de ações afirmativas a indígenas e mulheres; e pela promoção de sociedades pacíficas e inclusivas, com a viabilização do acesso à justiça para todas e todos e para a construção de instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. 

Um dos temas trabalhados foi a “Recomendação CEDAW 33 – Estratégias para a promoção dos direitos das mulheres”. Foram palestrantes a defensora pública Diana Fernandes de Moura, coordenadora da Defensoria Especializada na Defesa do Direito das Mulheres em Situação de Violência de Gênero (NUDEM-BH), e a defensora pública Lívia Silva de Almeida, da Defensoria Pública do Estado da Bahia. 

Defensora pública Diana Fernandes de Moura e a defensora pública Lívia Silva de Almeida, que participou de forma remota – Foto: Mateus Felipe/DPMG

Migrações e superlotação carcerária 

O outro tema debatido pela Câmara foi a “Resolução 454 do CNJ – Promoção do diálogo interétnico e intercultural aliada ao Objetivo 10 da Agenda”, cujo foco é o desafio contemporâneo das migrações e fluxos de pessoas deslocadas entre regiões devido a conflitos, eventos climáticos extremos ou perseguições de qualquer tipo. Foram palestrantes o defensor público João Mateus Silva Fagundes Oliveira e a defensora pública Carolina Morishita. 

Defensor público João Mateus Silva Fagundes Oliveira e a defensora pública Carolina Morishita – Foto: Mateus Felipe/DPMG

Finalizando as palestras do primeiro dia, a Câmara de Estudos de Execução Penal trouxe o tema “Métodos de enfrentamento à superlotação carcerária sob o prisma dos Objetivos 10 e 16 da Agenda 2030 da ONU”. A palestra ficou a cargo do defensor público Rafael Munerati, de São Paulo. A defensora pública Camila Sousa dos Reis Gomes foi a mediadora.

Ao final das palestras, o debate incluiu as Coordenadorias Estratégicas de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (CEDEM) e do Sistema Prisional (CESP). 

Clique aqui para assistir às palestras do dia 20/11. 


Ao longo do Congresso, que segue até a quarta-feira (22/11), todas as Câmaras de Estudos vão tratar especialmente sobre os casos que envolvem a Agenda 2030 dentro da atuação finalística da DPMG. 

Acesse a transmissão dos próximos dias do Congresso nos links abaixo: 

Palestras do dia 21/11/2023 

Palestras do dia 22/11/2023

Alessandra Amaral – Jornalista DPMG.