Roda de Conversa na DPMG busca ouvir e alinhar fluxos em prol dos direitos de trabalhadoras sexuais

Por Assessoria de Comunicação em 26 de março de 2024

Participantes presenciais da roda – Fotos Marcelo Santa’Anna/DPMG

Nesta terça-feira (26/3), a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) reuniu trabalhadoras sexuais, pesquisadoras, ativistas e representantes de instituições para ouvir as profissionais do sexo, suas necessidades, violências e gargalos enfrentados, com o objetivo de alinhar fluxos visando à proteção e garantia dos direitos deste público.

A roda de conversa foi realizada pela Coordenadoria Estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (CEDEM/DPMG) em parceria com o Coletivo Clã das Lobas.

Pela Defensoria Pública participaram do evento a defensora pública Samantha Vilarinho Mello Alves, coordenadora da CEDEM e o defensor público Vladimir de Souza Rodrigues, em atuação na Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais (DPDH).

O evento aconteceu no auditório da DPMG com transmissão pelo YouTube

As trabalhadoras relataram uma realidade ainda permeada por estigmas e preconceitos e pelas dificuldades impostas pela informalidade da profissão. Embora a atividade conste na Classificação Brasileira de Ocupação (CBO), ainda não foi regulamentada no Brasil e não há uma legislação que garanta seus direitos.

O desejo e a necessidade de que o trabalho seja reconhecido como digno, tenha reconhecimento formal e seja incluído nas políticas públicas foi pontuado por elas. A categoria inclui todas as pluralidades de mulheres: cis, trans, travestis e, também, homens trabalhadores sexuais.

A fundadora e coordenadora-geral do Coletivo Clã das Lobas, Jade, enfatiza que “o trabalho sexual é um dos mais antigos do mundo e é digno”. Para ela, a roda de conversa representa uma oportunidade para a categoria expor suas demandas e dificuldades. “O trabalho sexual é trabalho como qualquer outro. Nós temos filhos, temos pais idosos, nós envelhecemos como todas as pessoas. Precisamos de políticas públicas que nos amparem”, disse a ativista.

Jade, fundadora do Clã das Lobas

À frente da iniciativa pela Defensoria Pública, a defensora pública Samantha Vilarinho comentou ter sido essa uma iniciativa inédita de aproximação entre as trabalhadoras sexuais e as instituições públicas que, por muitas vezes, dão causa à violação de seus direitos. Foi um importante momento de escuta compartilhada e trocas para o aprimoramento dos serviços. Como resultado, foi criado um comitê municipal que minutará um texto de projeto de lei para a regulamentação da profissão.

Defensora pública Samantha Vilarinho

Dividida em três blocos, a roda contou com a participação da trabalhadora sexual e cuidadora de idosos, Cleusy Lane de Miranda; da psicóloga Isabel Cristina Furtado; da professora Mariana Pradini Assis; da pesquisadora Débora Barcellos; da coordenadora do grupamento de Proteção à Mulher da Guarda Civil, Aline Oliveira Silva; da liderança Guaicurus, Geórgia; de Santuza Alves, do Coletivo Rebu; da diretora do Coletivo Filhas da Luta Minas, Lucimara Wieniesky; das trabalhadoras sexuais Jenifer e Isabella; da chefe da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, Idoso e Pessoa com Deficiência da Polícia Civil, Danúbia Quadros; da pesquisadora da Fiocruz Rose Ferraz do Carmo; da representante do Coletivo Clã das Lobas Taís; da representante do Coletivo de Mulheres do PT Lagoa Santa, Lilian Tatiana Vieira e da trabalhadora sexual, mulher trans e tradutora de Libras, Evellyn Záfferah.

Assista no canal do YouTube da Defensoria Pública.

Compartilhar com:
Tags:

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS

Utilizamos cookies neste site para: melhorar a funcionalidade, personalizar a experiência de navegação, analisar o tráfego e para efeitos de marketing e publicidade personalizada. Veja nossa Política de Privacidade.

Cookies estritamente necessários: São aqueles cookies que permitem a você navegar pelo site e usar recursos essenciais, como áreas seguras, por exemplo. Esses cookies não guardam quaisquer informações sobre você que possam ser usadas em ações de comunicação de produto ou serviço ou para lembrar as páginas navegadas no site.

Os cookies de estatísticas, ou análises, traduzem as interações dos visitantes em relatórios detalhados de comportamento, de maneira anônima.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

A opinião do cidadão é importante para a constante melhoria dos serviços. Para críticas, sugestões ou esclarecer dúvidas, Fale com a Defensoria.