Defensoria Pública recebe estudo sobre situação de mulheres da Bacia do Paraopeba atingidas pelo rompimento da barragem em Brumadinho

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As defensoras públicas Samantha Vilarinho Mello Alves, coordenadora estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (CEDEM), da Defensoria Pública de Minas Gerais, e Carolina Morishita, em atuação no Núcleo Estratégico de Proteção aos Vulneráveis em Situação de Crise, se reuniram com a analistas do Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab), Maria Eunice Paula de Souza e Ângela Oliveira.

O encontro foi realizado no dia 7 de fevereiro para a apresentação dos resultados da pesquisa de danos vivenciados por mulheres atingidas pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale S.A., em Brumadinho (MG), na Região 3 da Bacia do Paraopeba.

Ao final, ficou definida a realização de uma roda de conversa no dia 8 de março, das 14 às 17 horas, em local a definir, para tratar sobre a defesa dos direitos destas mulheres.

As defensoras públicas Samantha Vilarinho e Carolina Morishita receberam o documento das representantes do Nacab. Foto: Claudinei Souza/DPMG

Para a coordenadora da CEDEM, Samantha Vilarinho, o levantamento é importante. pois servirá de base para que a Defensoria Pública possa conhecer melhor as mulheres da região e suas necessidades. “A partir dessa aproximação, conseguiremos traçar as melhores estratégias, seja para atividades de educação em direitos, seja para a construção do projeto de reparação às mulheres em situação de violência doméstica e/ou familiar, previsto no Acordo Judicial, firmado em fevereiro de 2021”, disse a defensora pública.

Levantamento dos danos

O estudo foi realizado entre novembro e dezembro de 2021, pela Assessoria Técnica Independente (ATI) Paraopeba Nacab, em parceria com a consultoria Saberes Populares.

Dentre os danos levantados pela pesquisa – realizada com 89 mulheres dos municípios de Caetanópolis, Pará de Minas, Fortuna de Minas, Paraopeba, Pequi e Esmeraldas, que compõem a Região 3 da Bacia do Paraopeba – destacam-se sobrecarga de trabalho doméstico e cuidados com a família; cansaço e problemas de saúde mental e física; insegurança alimentar e nutricional; maior exposição à violência; perda de renda e de autonomia.

O levantamento foi realizado por meio de oficinas, rodas de conversa e entrevistas. A análise dos dados servirá de base para a busca de indenização por parte da Vale S/A.

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Cristiane Silva – Jornalista/Ascom