Iniciativa promovida pela Pastoral de Rua da Arquidiocese de BH e parceiros, como a DPMG, potencializou o atendimento a esse segmento da população, ainda mais vulnerável diante da pandemia de Covid-19
O “Canto da Rua Emergencial”, frente humanitária integrada por diversas instituições e sociedade civil para acolhimento à população em situação de rua de Belo Horizonte, realizou 31.778 atendimentos no total, em uma média diária superior a 600.

Fotos: Marcelo Sant’Anna/DPMG
Durante os 50 dias em que vários grupos e pessoas se uniram e, em uma rede de solidariedade ofereceram apoio à população vulnerável, foram distribuídos mais de 50 mil lanches e 28 mil cafés da manhã̃. A ação disponibilizou 12.561 banhos, 724 atendimentos odontológicos e distribuiu 1.490 kits de inverno.
A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) participou da iniciativa desde o início. No total, a Instituição realizou 332 atendimentos, por meio das defensoras públicas Izabela Souto Maior Filizzola Moraes, como voluntária, e Júnia Roman Carvalho, que atua na Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais (DPDH).
As principais demandas recebidas pela DPMG foram relativas à consulta sobre processos; preocupação sobre onde se apresentar, em casos de suspensão condicional do processo ou livramento condicional; informações sobre processos cíveis e de família em andamento e também sobre audiências agendadas para o período da pandemia, que não se realizaram.
Em parceria com a DPU, a Defensoria Estadual recebeu e encaminhou documentos de pessoas que não tiveram acesso ao auxílio emergencial.

Os números da ação impressionam e seus resultados, mais do que números, representam vidas que recebem mais dignidade.
O “Canto da Rua Emergencial” foi uma iniciativa da Pastoral de Rua da Arquidiocese de BH, do Instituto Unibanco e do Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental, tendo como apoiadores o Governo do Estado, a Defensoria Pública de Minas Gerais, o Ministério Público Estadual, a Prefeitura de Belo Horizonte, a Pastoral Nacional do Povo da Rua e o Movimento Nacional do Povo da Rua.
Para a realização da ação, a Serraria Souza Pinto, na Região Centro-Sul de BH, foi reestruturada como local de referência para atender a população em situação de rua, muito vulnerável à contaminação pelo novo coronavírus.
O projeto disponibilizou lanche, banho e sanitários, troca de roupa, corte de cabelo e barba, atendimentos socioassistenciais e jurídicos; orientações e cuidados com saúde básica, saúde bucal e prevenção à Covid-19; atendimento e cuidados de saúde com os pets; auxílio para emissão de certidões, documentação e ainda defesa e garantia de direitos.
Alessandra Amaral/ Jornalista DPMG