Defensora pública de Minas que atua na reparação a pessoas atingidas por desastres ambientais é convidada a atuar no Ministério da Justiça 

Por Persio Fantin em 20 de maio de 2024

Carolina Morishita Mota Ferreira atuará na Coordenação Geral de Acesso à Justiça e Redução da Litigiosidade 

Há quase nove anos atuando na Defensoria Pública de Minas Gerais, a defensora pública Carolina Morishita Mota Ferreira será cedida para atuar no Ministério da Justiça. Ela assumirá o cargo Coordenação Geral de Acesso à Justiça e Redução de Litigiosidade, na Secretaria de Acesso à Justiça. 

Carolina Morishita é subcoordenadora do Núcleo Estratégico da DPMG de Proteção aos Vulneráveis em Situação de Crise desde sua criação, em 2018, tendo atuado ativamente em conflitos socioambientais em Minas Gerais para garantir a reparação justa de comunidades e pessoas atingidas por desastres, como os de Mariana e Brumadinho, além de atuar em outras localidades ameaçadas por barragens.

Carolina Morishita atuará na Secretaria de Acesso à Justiça – Foto: Marcelo Sant’Anna/DPMG

Nessa jornada, tem atuado com grande empenho e sensibilidade, ouvindo os atingidos e lideranças sociais com uma escuta ativa e generosa e defendendo o protagonismo delas na construção de acordos e em ações judiciais. 

O convite do Ministério da Justiça se deu em função da sua trajetória como defensora pública. “Foi nesse diálogo de construção do que está sendo feito aqui em Minas Gerais, do que poderia ser replicado, das construções todas que têm acontecido em conflitos socioambientais no Brasil, que surgiu essa possibilidade de passar a compor também esse espaço no Governo Federal”, disse. 

Em seu entendimento, o cargo que assumirá se relaciona muito com a Defensoria Pública e Carolina Morishita espera colaborar para fortalecer a Instituição nacionalmente e consolidá-la como a porta de acesso a direitos, especialmente para as pessoas em maior vulnerabilização. 

A defensora pública também tem a expectativa de aprender ao atuar em outros territórios do Brasil, além de contribuir com seu aprendizado na Defensoria Pública de Minas Gerais para que comunidades de outros estados sejam fortalecidas. 

A defensora pública (ao centro) em uma das audiências em comunidade atingida pelo desastre de Brumadinho

“Ser defensora pública vai me ajudar no Ministério da Justiça e estar no Ministério da Justiça vai me ajudar a ser uma defensora melhor também. Ter atuado esses quase nove anos na Defensoria de Minas me proporcionou um repertório de diálogo com as pessoas atingidas, uma vivência de estar perto das pessoas e entender a ponta da demanda. Isso traz um processo de escuta e de encaminhamento que será muito valioso em minha atuação no Ministério da Justiça”, considera Carolina Morishita. 

Da mesma forma, a defensora acredita que sua presença no MJ será importante para aprender a identificar formas mais simples de acessar programas, fluxos, contatos no Governo Federal que, muitas vezes, são necessários na atribuição ordinária dos defensores públicos. 

“Ser defensora pública foi o que me permitiu acessar esse espaço. Vai possibilitar que eu escute as coisas de formas diversas e, quando eu voltar para a DPMG, vai me ajudar a atender melhor as pessoas”, conclui Carolina Morishita. 

Alessandra Amaral – Jornalista DPMG. 

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