Defensoras falam sobre violência sexual e aborto legal em capacitação para servidores de São José da Lapa e Vespasiano

As defensoras públicas Samantha Vilarinho, coordenadora Estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (CEDEM), da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), e Luana Borba Iserhard participaram de evento de capacitação de servidores da Saúde, promovido pela Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Vespasiano e São José da Lapa. A atividade foi voltada para profissionais da área que atuam nesses municípios. 

A capacitação, que ocorreu nesta quinta-feira (17/8), na Faculdade FASEH, em Vespasiano, faz parte do “Agosto Lilás”, campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres. 

A Rede entendeu a necessidade de abordar temas como direitos sexuais e reprodutivos, em particular, das mulheres que sofrem violência sexual e têm direito de realizar o aborto legal. 

O evento visou capacitar todas e todos os profissionais que, direta ou indiretamente, possam acolher, atender e auxiliar mulheres e meninas em situação de violência. O intuito é evitar que mulheres que foram estupradas ou violentadas acabem desistindo de buscar ajuda devido à falta de tratamento psicológico e recepção. 

A capacitação buscou também conscientizar sobre relacionamentos abusivos e desigualdades de oportunidades entre homens e mulheres, a fim de promover uma transformação cultural que permita uma sociedade mais justa e igualitária. 

A defensora pública Samantha Vilarinho ministrou palestra com o tema “Violência sexual e protocolo de aborto legal”, informando como funciona o aborto legal em casos permitidos por lei. 

Na oportunidade, buscou-se sensibilizar os profissionais sobre a importância do acolhimento às mulheres em situação de violência doméstica e diálogos sobre a necessidade de um constante olhar sob a perspectiva de gênero, com as nuances estabelecidas nas leis e os desafios socioculturais. 

A Defensoria Pública de Minas Gerais integra a rede de enfrentamento à violência contra mulheres junto à Rede Estadual de Enfrentamento da Violência Contra Meninas e Mulheres, e à Rede Metropolitana de Belo Horizonte de Enfrentamento à Violência Contra Meninas e Mulheres, em que cada município tem sua própria rede local.