“Defensoria Vai Até Você” leva atendimento ao Morro do Papagaio, em Belo Horizonte 

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A Defensoria Pública de Minas Gerais realizou, neste sábado (22/2), o ‘Defensoria Vai Até Você ‘ no Morro do Papagaio, região Centro-Sul da Capital. A ação foi realizada no Centro de Defesa Coletiva, na sede da Associação Comunitária da Vila Santa Rita de Cássia. 

 O trabalho foi coordenado pelas defensoras públicas Paula Regina Fonte Boa Pinto, coordenadora Estadual dos Centros de Conciliação e Mediação e Mariana Carvalho de Paula Lima, assessora institucional de Inovação e Estratégia e do Centro de Desenvolvimento Institucional.   

De acordo com as defensoras foram realizados cerca de 35 atendimentos nas áreas de família e cível e sessões de conciliação, além de encaminhamentos para atendimento na unidade da Defensoria Pública e distribuição de cartilhas educativas. Fotos: Cristiane Silva/DPMG

Além dos atendimentos agendados, foram acolhidos também os moradores que buscaram o serviço, sendo orientados quanto a documentação necessária à demanda e, em alguns casos, agendadas sessões na unidade da Defensoria Pública. 

“A atividade foi previamente divulgada na comunidade, então as pessoas já estavam cientes, algumas já chegaram com toda a documentação, outras oferecemos orientação jurídica e encaminhamentos para atendimento”, explicou a defensora Mariana Lima. 

“Além do encaminhamento para os atendimentos e sessões de conciliação – informou a defensora Paula Regina Fonte Boa Pinto – muitos foram agendados para participarem das oficinas de parentalidade, serviço gratuito que é oferecido pela Defensoria Pública semanalmente”.  

As crianças puderam se divertir com brincadeiras do Museu dos Brinquedos, parceiro da DPMG durante a manhã no Morro do Papagaio

Inserção de políticas públicas  

Para a líder comunitária, defensora popular e presidente da Associação dos Moradores da Vila Santa Rita de Cássia, Elaine Pinheiro, a iniciativa dentro da comunidade garante a inserção de políticas públicas no local. “Vemos que quando as pessoas da comunidade têm esse acesso à Defensoria Pública e a buscar os seus direitos, facilita muito a vida delas”, completou. 

A assistente de controladoria, Gabriely Aparecida, buscou uma oportunidade tentar a conciliação com o pai de sua filha referente a pensão alimentícia. “O atendimento em si foi perfeito e espero solucionar esta questão o mais rápido possível. Além  das informações, fui agendada, também para participar da oficina de parentalidade. Acredito que vai dar tudo certo agora.” 

Além do atendimento, Gabriely Aparecida se inscreveu na oficina de parentalidade oferecida pela Defensoria Pública

Para a assessora do Centro de Conciliação e Mediação da Defensoria Pública, Beatriz Imaculada da Paz Sousa, a Defensoria Pública deve estar dentro das comunidades, vilas e favelas, uma vez que muitos moradores não têm condições de ir até a unidade da Instituição para ter o atendimento jurídico. “Acredito que esta ação é renovar os direitos que todas as cidadãs e cidadãos têm desde o seu nascimento.  Para mim, é um prazer trabalhar nas Defensorias Itinerantes, ver as pessoas participando, saindo realizadas porque realmente necessitam desta assistência jurídica”, completou a servidora.  

 Atividade prática  

Defensoras e defensores públicos recém ingressados do IX concurso, acompanhados pelas defensoras Paula regina Fonte Boa Pinto e Mariana Lima e pela defensora popular e líder comunitária Elaine Pinheiro

Os atendimentos foram realizados por 15 defensoras e defensores públicos, oriundos do IX Concurso de ingresso na carreira, como atividade prática do curso de formação para defensoras e defensores. 

Esta é a primeira atividade em que as defensoras e defensores, recém-ingressados na DPMG, têm contato direto com a população.  “É bastante engrandecedor e muito importante, do ponto de vista da experiência, o contato direto com a população que é assistida pela Defensoria Pública.”, disse a defensora pública Welda Rodrigues Souza, que ao finalizar o curso vai atuar na unidade da DPMG, em Caratinga.  

 Para a defensora pública Gabriela Rosani Pinto, que vai atuar em Montes Claros, as oportunidades de atendimento e contato com a comunidade é a expressão do trabalho e o que diferencia a Defensoria Pública dos outros órgãos do Sistema da Justiça. “Eu me tornei defensora exatamente para isso. Para ter este contato pessoa a pessoa, acolher a população e buscar a solução dos seus problemas. Para que elas saibam que não estão sozinhas”, disse. 

Uma experiência proveitosa para o defensor público Diego Rocha de Vasconcelos, que vai atuar a Execução Penal de Teófilo Otoni. “Para nós que estamos ingressando na Instituição é uma experiência muito legal, pois ganhamos vivência com a comunidade, com as pessoas carentes que são assistidas pela Defensoria Pública e é mais ou menos o que esperamos encontrar ao chegar nas unidades em que iremos atuar”, completou Diego Vasconcelos.  

O “Defensoria Vai Até Você – Morro do Papagaio” é promovido pela Defensoria Pública por meio da Coordenadoria de Projetos, Convênios e Parcerias (CooProC), em parceria com o Instituto Elo, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública e Centro de Defesa Coletiva. 

Cristiane Silva, jornalista DPMG