A iniciativa teve como objetivo renovar o compromisso de solidariedade entre os parceiros do projeto Canto de Rua Emergencial
Pelo quarto ano consecutivo, a Defensoria Pública de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria de Projetos e Convênios (CooProC), participa das atividades do Dia Mundial dos Pobres, data instituída pelo Papa Francisco para sensibilizar as pessoas quanto a importância de se partilhar todas as formas de solidariedade com os pobres.
O evento foi realizado na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, onde está sendo desenvolvido o projeto Canto da Rua Emergencial. O espaço foi adaptado, em junho deste ano, como local de referência para acolher a população em situação de rua, muito vulnerável à contaminação pelo novo coronavírus. A iniciativa teve como objetivo renovar o compromisso de solidariedade entre as instituições parceiras.
A celebração contou com a presença do corregedor-geral da DPMG, Galeno Gomes Siqueira e da coordenadora da CooProC, Michelle Lopes Mascarenhas Glaeser, representando o defensor público-geral, Gério Patrocínio Soares.
Na ocasião, foi descerrada a placa em agradecimento às instituições do Estado, dentre elas, a Defensoria Pública, pelo engajamento no Canto de Rua Emergencial e pela acolhida oferecida à população de rua de Belo Horizonte
O corregedor-geral da DPMG, Galeno Gomes Siqueira, ressaltou o orgulho em participar mais uma vez da celebração, lembrando que neste ano acontece de forma atípica, em razão da pandemia de COVID-19. “Hoje é um dia simbólico para celebrar o pobre e não a pobreza. O atual momento torna cada vez mais visível as desigualdades, portanto, devemos intensificar a nossa luta diária contra a todas as formas de miséria e preconceitos”, enfatizou o corregedor.
Galeno Siqueira disse, ainda, que a Defensoria Pública tem a missão constitucional de defender a população vulnerável, “buscando reduzir as desigualdades e combater a miséria, seja de forma presencial ou pelos canais remotos disponíveis.”, completou.
Para padre Júlio César Gonçalves Amaral, vigário episcopal para a Ação Social e Política e um dos coordenadores do projeto Canto de Rua Emergencial, o Dia Mundial dos Pobres é o momento de relembrar a luta contra a opressão e a favor dos direitos de igualdade, por um mundo capaz de tratar todos como irmãos. “Este deve ser um trabalho permanente, em favor dos pobres e contra a pobreza e as injustiças sociais. Devemos nos unir em busca de ações e políticas públicas que diminuam os índices de pobreza e que venham de encontro com uma cultura de solidariedade e promoção da dignidade e o bem comum”, completou o vigário.
Foi apresentada, ainda, a mensagem do arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, que ressaltou a necessidade de cuidarmos uns dos outros. “Precisamos um dos outros, só podemos nos lançar em uma caminhada de felicidade, justiça social e paz se tivermos juntos, em um compromisso de solidariedade com os mais pobres e sofredores”, disse.
Canto da Rua Emergencial
A ação é uma realização do Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental da Arquidiocese de BH. Além da Defensoria mineira, a iniciativa conta com o apoio do Governo do Estado de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte, Pastoral Nacional do Povo da Rua, Movimento Nacional do Povo da Rua e do Instituto Unibanco.
Com capacidade diária de atendimento para até 600 pessoas da população em situação de rua, são ofertados vários serviços, entre os quais a cuidados com a saúde, higiene pessoal e alimentação, e ainda acesso a serviços socioassistenciais e educação em direitos, no esforço de dar maior atenção a esse público em tempos de enfrentamento à pandemia.
Em seis meses, a “rede do bem” já assistiu mais de 60 mil pessoas. Além dos serviços oferecidos na Serraria Souza Pinto, são feitos também encaminhamentos para o pernoite em hotéis da região Central de BH.
Cristiane Silva – Jornalista / DPMG