A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) realizou na manhã desta sexta-feira (2/2) reunião com representantes dos blocos carnavalescos, Polícia Militar e Belotur para o alinhamento das ações para o Carnaval 2024 em Belo Horizonte. A estimativa de público para o período, que se estenderá até 18 de fevereiro, é de 5 milhões de foliãs e foliões nas ruas da Capital.
A defensora pública-geral de Minas Gerais, Raquel da Costa Dias, abriu o encontro, que teve o objetivo de intermediar o diálogo entre os órgãos estatais e os organizadores dos blocos de rua para discutir, principalmente, questões relacionadas à segurança, prevenção à violência contra grupos vulneráveis e protocolos de ação policial durante os cortejos, concentração e dispersão dos blocos.
A Defensoria Pública foi acionada por meio de uma carta aberta, assinada por mais de 75 representantes dos blocos de Belo Horizonte, logo após o episódio de uso de força policial e aplicação de spray de pimenta em meio à multidão que acompanhava o desfile do bloco Truck do Desejo, ao longo do Ensaio Geral de Carnaval, no último dia 14 de janeiro, na Avenida dos Andradas.
De acordo com o coordenador Estratégico de Tutela Coletiva da DPMG, defensor público Paulo César Azevedo de Almeida, o contato foi no sentido de que a Defensoria Pública atuasse para a prevenção do uso imoderado da força por parte da Polícia Militar. Além desta interlocução, durante o período carnavalesco a Defensoria Pública atuará, também, na prevenção de violência contra grupos vulnerabilizados.
“A Defensoria Pública vai trabalhar na proteção da criança e do adolescente, tão vulneráveis à violência, inclusive de exploração laboral; em favor de grupos de mulheres, frequentemente vítimas de importunação e outros crimes sexuais; pessoas em situação de rua, pessoas com deficiência, grupos LGBTQIA+, entre outros”, afirmou o defensor público.
“Provocamos a Belotur e a Polícia Militar para dialogarmos sobre estas questões diretamente com os blocos e conjuntamente, de forma democrática e dialética, para assim construirmos um melhor protocolo e uma melhor forma de conduzir este Carnaval sem violência e garantindo a segurança dos foliões e das foliãs que virão de diversas partes do país”, completou Paulo César de Almeida.
Cristiane Silva – Jornalista/DPMG.