Na manhã desta sexta-feira (11/3), a defensora pública Júnia Roman Carvalho, em atuação na Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais (DPDH), prestigiou o Festival Cultural da População de Rua promovido pelo Movimento Nacional da População em Situação de Rua. O evento, que acontece no viaduto Santa Tereza, em Belo Horizonte, continua neste sábado (12/3).
O festival rompe com paradigmas de preconceito contra essa parcela da sociedade e amplia o olhar sobre o direito à cultura e ao lazer, chamando a atenção dos gestores culturais para este público e sua forma de viver e fazer arte.
A programação é variada e inclui apresentações musicais e teatrais; sarau; desfile de moda e fantasias com pessoas em situação de rua; roda de capoeira e dança de rua, entre outras atividades.
Estão previstas ainda exposições de artes da rua e fotografia, espaço de leitura e escrita; apresentação de malabares, pintura em azulejos, artesanatos hippies, barraquinhas de gastronomia e exposição e vendas de produtos da Economia Solidária.
A defensora pública Júnia Roman destaca a relevância do festival. “Há muitas pessoas em situação de rua com talentos culturais e artísticos muito ricos. Talentos que são invisibilizados quando as relações das cidades com as pessoas são preconceituosas, discriminatórias e higienistas. O Festival Cultural da População de Rua faz um resgate desses talentos e possibilita um diálogo diferente com a cidade. A arte e a cultura são caminhos imprescindíveis de inclusão e humanização das cidades”, observa.
Movimento Nacional da População de Rua
Organizado desde o ano de 2005, o movimento trabalha pela defesa dos direitos deste segmento da população e busca, com o festival, expandir sua atuação abrangendo as áreas da cultura e da arte.