Iniciativa tem a participação da Defensoria de Minas, que presta atendimento jurídico gratuito e educação em direitos na Serraria Souza Pinto
O projeto “Canto da Rua Emergencial”, iniciativa da Pastoral de Rua da Arquidiocese de BH e parceiros, que tem o propósito de apoiar e oferecer atendimento em diversos serviços para pessoas em situação de rua em Belo Horizonte diante do cenário da pandemia de Covid-19, prestou 164.752 atendimentos desde seu início, em junho de 2020.
A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) participa da ação, prestando orientações jurídicas e educação em direitos. A Instituição prestou 658 atendimentos no local.
A participação é executada pela Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais (DPDH), com apoio de defensoras e defensores públicos de diversas áreas.
Os atendimentos do projeto “Canto da Rua Emergencial” na Serraria Souza Pinto continuam até o dia 30 de junho.
Os números do balanço, com resultados até 15 de maio, foram divulgados na quinta-feira (20/5), na Serraria Souza Pinto, local onde são realizados os atendimentos. A Defensoria Pública foi representada pelo assessor Institucional Wilson Hallak Rocha. Também esteve presente a defensora pública Júnia Roman Carvalho, que atua na (DPDH), e participou dos atendimentos ao público.
Para a realização do “Canto da Rua Emergencial”, instituições públicas e voluntários se uniram para dar mais efetividade ao trabalho realizado, possibilitando que a população em situação de rua tenha acesso a seus direitos, ainda mais alijados, em função da pandemia.
Foram atendidas no total, até o momento, 7.833 pessoas em situação de rua, uma média de 795 por dia.
Atendimentos biopsicossociais somaram 40.711. A Defensoria Pública fez 658, o Ministério Público, 568, e o Centro de Defesa, 77 atendimentos.
Foram distribuídos 188.300 lanches e 1.095.100 copos de água.
Foram feitos 7.317 atendimentos na lavanderia e registrado o total de 98.170 banhos e 5.814 pets atendidos.
‘Empreendendo Vidas’
Durante a divulgação dos resultados da iniciativa também foram apresentadas perspectivas de projetos futuros em favor da população em situação de rua.
Um deles é o programa “Empreendendo Vidas”, que identifica e promove iniciativas e alternativas de geração de trabalho e renda, com vistas à superação da situação de rua. O programa é desenvolvido em três eixos: grupos de economia solidária, coletivos solidários de empreendedores individuais e encaminhamento para o trabalho formal.
Segundo a Pastoral de Rua da Arquidiocese de BH, a maioria da população atendida já ocupou algum posto de trabalho, ainda que informal. A segunda maior demanda desta parcela da população é o trabalho, que vem logo atrás de moradia. Benefícios e auxílios ficam em último lugar.
Os projetos “Mãos Seletas” e “Sabor do Canto”, do programa “Empreendendo Vidas”, já estão em andamento. Por meio deles, estão sendo formados coletivos solidários de pessoas em situação ou trajetória de rua voltados para o trabalho de catador de materiais recicláveis e para a área da alimentação e gastronomia, respectivamente.
Já são 13 catadores e 33 pontos de coletas na região do hipercentro de BH.
E os dois grupos de produção já formados do “Sabor do Canto” estão produzindo 1.600 lanches por dia para os frequentadores do “Canto da Rua Emergencial”.
Alessandra Amaral – Jornalista DPMG