A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), por meio da sua Escola Superior (Esdep) e com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), promoveu na manhã desta quarta-feira (3/7) a roda de conversa “Rede de Atenção Psicossocial de BH: Percursos do Cuidado em Liberdade”.
A programação incluiu uma apresentação cultural da banda experimental Pira Boa. A roda de conversa foi mediada por Maria Tereza Granha Nogueira, psicóloga e mestre em Saúde Coletiva. Participaram como palestrantes Laura Fusaro Camey, usuária da RAPs-BH e presidenta da ASSUSSAM-MG; Marcos Evandro Martins, usuário da saúde mental e cantor; e Políbio José de Campos, psiquiatra e sanitarista, coordenador da Rede de Atenção Psicossocial RAPs-BH.
Maria Tereza Granha Nogueira, em atuação na gerência adjunta da rede de saúde mental de Belo Horizonte, destacou a importância do evento e como ele foi idealizado. “Quando pensamos esse evento, foi a partir de uma reunião com alguns membros da Defensoria, em que avaliamos que seria muito importante uma aproximação e que a gente pudesse falar um pouco da nossa rede assistencial em função de diversos casos que chegavam aqui necessitando de acompanhamento jurídico”, disse. “Então, a partir daí, nós pensamos num evento de apresentação da Rede de Atenção Psicossocial de Belo Horizonte. Essa rede é responsável pelo acompanhamento e cuidado das pessoas com sofrimento mental, usuários em sofrimento mental com quadros graves e persistentes”, explicou Maria Tereza.
Ela também destacou a estrutura e os serviços oferecidos pela rede. “A rede é composta por serviços que são responsáveis pela urgência, pela crise, pelas equipes de saúde mental na atenção primária, pelo centro de convivência e pelo programa Arte da Saúde, destinado à infância. Atendemos todas as faixas etárias, numa perspectiva de cuidado que possibilite que a pessoa continue preservando seus laços, um tratamento em liberdade, sem a necessidade de ser excluída da sociedade.”
Sobre os palestrantes, Maria Tereza detalhou a importância de cada um na mesa de debate. “Pensamos estrategicamente em ter uma visão técnica e uma perspectiva vivencial, mostrando o que significa a experiência da loucura e o tratamento na rede de atenção psicossocial. Políbio apresentou a nossa rede de atenção psicossocial, Laura, por ser da ASSUSSAM-MG, defendeu os direitos dos usuários da saúde mental, e Marcos Evandro compartilhou sua experiência como usuário da rede e membro de um grupo musical de saúde mental.”
O evento teve como objetivo garantir a assistência e o acompanhamento de pessoas com sofrimento mental e decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Ele foi voltado para defensoras e defensores, estagiárias e estagiários, servidoras e servidores, profissionais da rede de saúde mental.
Mateus Felipe – Jornalista/DPMG.