Defensoria e Cohab encerram mutirão de regularização de imóveis em Sete Lagoas com entrega de escrituras a mutuários

Por Assessoria de Comunicação em 10 de junho de 2022

Cento e duas famílias moradoras de Sete Lagoas conseguiram, enfim, realizar o sonho da casa própria ao regularizar a situação de seus imóveis por meio do mutirão de conciliação realizado pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), a Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab) e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por intermédio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).

O mutirão aconteceu durante os dias 6 a 10 de junho, na Unidade da DPMG em Sete Lagoas, onde foram realizadas 119 sessões de conciliação para negociação de débitos, emissão de escrituras e regularização de imóveis construídos pela Companhia.

Sonho realizado: a chefe de Gabinete da Defensoria Pública-Geral, Caroline Loureiro Goulart Teixeira, fez a entrega do documento para o senhor Antônio Acrísio Barbosa – Fotos: Marcelo Sant’Anna / DPMG

Para participar do mutirão foram convidados 168 mutuários. Das 119 sessões realizadas, 102 resultaram em acordos, índice superior a 85%. As negociações permanecem abertas para os mutuários que não compareceram ao mutirão ou ainda não fecharam acordo.

Sete mutuários receberam a escritura no encerramento da força-tarefa, nesta sexta-feira, durante uma cerimônia simbólica realizada na Unidade da Defensoria Pública no município.

Compuseram o dispositivo: o coordenador do Cejusc Sete Lagoas, juiz de Direito Carlos Alberto de Faria; o prefeito municipal, Duílio de Castro Faria; o coordenador da Defensoria Pública em Sete Lagoas, defensor público Frederico Newman Figueiredo Araújo; a chefe de Gabinete da Defensoria Pública-Geral, Caroline Loureiro Goulart Teixeira; o presidente da Cohab, Weber Dias Oliveira; a coordenadora de Projetos, Convênios e Parcerias da DPMG, Michelle Lopes Mascarenhas Glaeser; a vereadora Ana Carolina Canabrava; o diretor-presidente da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos de Minas Gerais (ADEP-MG), Fernando Campelo Martelleto; o diretor da OAB Sete Lagoas, Saulo de Souza Fariah, representando o presidente da entidade; o major Soares, representando o comandante do 25º Batalhão da PMMG; a delegada de Polícia Civil Fernanda Mara de Assis Costa, representando o chefe do 19º Departamento de Polícia Civil de Sete Lagoas; e o coordenador do Atendimento da DPMG na Capital, defensor público Giovani Batista Manzo

Pronunciamentos

Falando em nome dos demais mutuários atendidos pelo mutirão, a senhora Vânia Maria da Costa, que comprou seu imóvel em 2004 e aguardava a escritura desde que quitou suas prestações, em 2014, agradeceu às instituições e pessoas envolvidas no mutirão.

“É com imensa satisfação que aqui estou neste momento e muita agradecida. Se não fosse pela Cohab, com quem renegociei minha dívida várias vezes, e por esse mutirão da Defensoria Pública, eu não teria a minha escritura hoje em mãos. Muito obrigada a cada um de vocês envolvidos que nos concederam – não só a mim, mas a cada um que aqui está – esse documento. Muito obrigada,” disse.

Vânia Maria da Costa: “É muito importante a gente ter nosso canto”

O coordenador do Atendimento da Capital, defensor público Giovani Batista Manzo, destacou a desburocratização e os expressivos resultados alcançados com o mutirão.

“O índice de aproveitamento nestas sessões de conciliação é muito expressivo, é superior a qualquer índice que se conhece em relação a negociações. É surpreendente. Isto porque parte da boa vontade de quem outorga – no caso, a Cohab -, daquele que filtra – a Defensoria Pública – e, naturalmente, daquele que homologa a transação, que é o Poder Judiciário.

Giovani Manzo observou que a dinâmica do mutirão possibilita a quebra de paradigmas, dando aplicabilidade ao mandamento constitucional do direito à propriedade.

De forma didática e simples, o defensor público também orientou os mutuários a procederem o registro da propriedade em cartório.

Defensor público Giovani Manzo, em seu pronunciamento

O presidente da Cohab, Weber Dias Oliveira, expressou sua alegria pelos resultados do mutirão, “um trabalho que foi possível graças à parceria com a Defensoria e o Tribunal de Justiça. Quando todos nos colocamos à disposição para trabalhar juntos, os resultados vêm melhores e mais rápidos”, observou.

Presidente da Cohab, Weber Dias Oliveira

Para o coordenador do Cejusc Sete Lagoas, juiz de Direito Carlos Alberto de Faria, a realização do mutirão representa uma forma de “garantir ao cidadão uma ordem justa com a necessária remoção de obstáculos e adequação do procedimento ao custo, tempo e anseios sociais”.

Coordenador do Cejusc Sete Lagoas, juiz de Direito Carlos Alberto de Faria
Prefeito de Sete Lagoas, Duílio de Castro Faria

O coordenador da Defensoria Pública em Sete Lagoas, defensor público Frederico Newman Figueiredo Araújo, destacou os dois pilares de sustentação do mutirão e que são nortes na DPMG – a atuação em rede e a busca de solução não conflituosa e extrajudicial.

Defensor público Frederico Newman
Após 36 anos da compra do imóvel, Maria Helena e Jorge, que atualmente são divorciados, finalmente terão a propriedade da casa, que foi dividida para ambos. “Sensação de conquista e vitória. Agora vai ficar tudo certinho, nossa situação foi regularizada”

Presenças

A cerimônia contou também com a presença das defensoras e defensores públicos em atuação na Unidade de Sete Lagoas – Lincoln Jotha Soares, Daniel Teixeira Dantas, Camila Cortes Rezende Silveira Dantas, Nívea de Matos Lacerda, Danielle Fróes Soares dos Santos e Juliana Teichmann Santos; além de servidoras, servidores, estagiárias e estagiários.

Equilíbrio da relação jurídica

O mutirão é fruto de convênios assinados pela Cohab Minas com a Defensoria de Minas, por meio da Coordenadoria de Projetos, Convênios e Parcerias (CooProC), e o TJMG. A parceria visa estimular a solução consensual de conflitos decorrentes de programas de habitação social promovidos pela Companhia em todo o Estado, judicializados ou não, e promover o equilíbrio da relação jurídica.

Em diversos casos, famílias proprietárias dos imóveis venderam suas casas por meio dos chamados contratos de gaveta, o que resultou na ilegalidade da posse e da propriedade.

Para contribuir para a celeridade na solução desses litígios, amparando os direitos dos mutuários que são de baixa renda e evitar o ajuizamento de novas ações, foi elaborado termo de colaboração entre os órgãos.

O mutirão coordenado permite, por exemplo, que em uma sessão de conciliação de aproximadamente uma hora de duração seja resolvido um conflito que normalmente demoraria cerca de 5 anos na esfera judicial.

Alessandra Amaral – Jornalista / DPMG

Compartilhar com:
Tags:

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS

Utilizamos cookies neste site para: melhorar a funcionalidade, personalizar a experiência de navegação, analisar o tráfego e para efeitos de marketing e publicidade personalizada. Veja nossa Política de Privacidade.

Cookies estritamente necessários: São aqueles cookies que permitem a você navegar pelo site e usar recursos essenciais, como áreas seguras, por exemplo. Esses cookies não guardam quaisquer informações sobre você que possam ser usadas em ações de comunicação de produto ou serviço ou para lembrar as páginas navegadas no site.

Os cookies de estatísticas, ou análises, traduzem as interações dos visitantes em relatórios detalhados de comportamento, de maneira anônima.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

A opinião do cidadão é importante para a constante melhoria dos serviços. Para críticas, sugestões ou esclarecer dúvidas, Fale com a Defensoria.