DPMG acompanha ministra Rosa Weber à penitenciária em São Joaquim de Bicas para inauguração do Mutirão Processual Penal em Minas Gerais

Por Assessoria de Comunicação em 28 de julho de 2023

A escolha da unidade se deve principalmente pelo fato de esta ser uma penitenciária destinada, exclusivamente, às pessoas da comunidade LGBTQIAPN+

A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), por meio da defensora pública-geral do Estado, Raquel Gomes de Sousa da Costa Dias, acompanhou a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a uma visita à Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, localizada no município de São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, no último dia 27 de julho (quinta-feira).

Comitiva visita a Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria em São Joaquim de Bicas ( Crédito : Euler Junior/TJMG )

A ação teve como objetivo marcar a abertura do Mutirão Processual Penal em Minas Gerais. Também estiveram na visita o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, o corregedor-geral de Justiça, Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior; o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas (GMF), desembargador José Luiz de Moura Faleiros, e o juiz auxiliar da Presidência do TJMG, Thiago Colnago.

“Foi uma honra acompanhar a ministra Rosa Weber à unidade prisional. Visitamos pavilhões, celas e ouvimos centenas de histórias de homens e mulheres que tentam, ali, reconstruírem as próprias vidas. A DPMG acompanha de perto a execução das penas em todo nosso Estado e, ainda, as condições oferecidas nos estabelecimentos prisionais”, afirma a defensora pública-geral, Raquel Gomes de Sousa da Costa Dias.

A escolha da unidade de São Joaquim de Bicas para a visita se deve principalmente pelo fato de esta ser uma penitenciária destinada exclusivamente às pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. “Há lá uma mistura de categorias de regimes dos presos, o que a enquadra como alvo do Mutirão, na área de presos cujas condições do cumprimento de pena são inadequadas”, diz o defensor público Leonardo Bicalho de Abreu, coordenador estadual do Sistema Prisional da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).

Houve apresentação musical e de dança para a comitiva 

A Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria passou por uma mudança de gestão em 2021, após a constatação de um grande número de tentativas de autoextermínio entre os detentos. Uma ação civil pública da DPMG, ajuizada pelo defensor público Paulo Cesar Azevedo de Almeida e pela defensora pública Camila Gomes, redundou na determinação de que o Estado empregasse recursos na estruturação adequada da unidade, principalmente na área da saúde. A liminar foi mais tarde suspensa em sede de agravo, mas o Estado implementou as mudanças cobradas pela Defensoria Pública.

Mutirão

Trata-se de uma iniciativa do CNJ realizada em âmbito nacional, que teve início no último dia 24 de julho e se estenderá pelo próximo mês, até o dia 25 de agosto. No Mutirão, serão movimentados mais de 500 juízes e 2 mil servidores do TJMG. A finalidade é identificar casos de prisões ilegais e mobilizar magistrados a revisar processos para garantir e promover os direitos fundamentais na área prisional. Os resultados serão divulgados em 11/9.

Neste ano, o Mutirão cobrirá as áreas de tratamento de gestantes, mães, pais e responsáveis por crianças menores de 12 anos e pessoas com deficiência; cumprimento de pena em regime prisional mais gravoso do que o fixado em decisão condenatória; situação de pessoas cumprindo pena em regime diverso do aberto, condenadas pela prática de tráfico privilegiado; e casos de prisões provisórias com duração superior a 12 meses.

De acordo com o defensor público Leonardo Bicalho de Abreu, a DPMG possui papel importante na revisão da listagem dos casos a serem analisados e, a ausência de certas informações, como a condição de gestante ou de mães de crianças ou pessoas com deficiência, nos trâmites processuais, pode prejudicar a identificação de determinados casos.

“Em virtudes dos atendimentos que fazemos ordinariamente, possuímos informações que não constam em certos processos”, afirma. O defensor que também esteve presente na solenidade, junto com a defensora pública-geral de MG.

Luigy Hudson, estagiário sob a supervisão da Ascom/DPMG

Compartilhar com:
Tags:

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS

Utilizamos cookies neste site para: melhorar a funcionalidade, personalizar a experiência de navegação, analisar o tráfego e para efeitos de marketing e publicidade personalizada. Veja nossa Política de Privacidade.

Cookies estritamente necessários: São aqueles cookies que permitem a você navegar pelo site e usar recursos essenciais, como áreas seguras, por exemplo. Esses cookies não guardam quaisquer informações sobre você que possam ser usadas em ações de comunicação de produto ou serviço ou para lembrar as páginas navegadas no site.

Os cookies de estatísticas, ou análises, traduzem as interações dos visitantes em relatórios detalhados de comportamento, de maneira anônima.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

A opinião do cidadão é importante para a constante melhoria dos serviços. Para críticas, sugestões ou esclarecer dúvidas, Fale com a Defensoria.