Defensoria Pública de Minas celebra data nacional com participação do público em live de Rossandro Klinjey

Por Assessoria de Comunicação em 20 de maio de 2020

Durante o evento virtual, que celebrou o Dia Nacional da Defensoria Pública e teve aproximadamente 1.500 acessos, psicólogo falou sobre cuidado na pandemia e respondeu perguntas

“Uma intimação da vida a nos reinventar”. Essa foi uma das reflexões da live feita pelo escritor e psicólogo clínico Rossandro Klinjey, marcando a comemoração do Dia Nacional da Defensoria Pública, celebrado em 19 de maio.

O evento, que chegou a ser acompanhado por aproximadamente 1.500 pessoas, foi transmitido no canal do Instagram da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), – @defensoriamineira – na tarde desta terça (19/5).

A capacidade de se reinventar também foi mencionada pela defensora pública-geral em exercício, Marina Lage Pessoa da Costa, que participou da transmissão. “A Defensoria Pública tem se reinventado para atender a população nesse período de isolamento social. Inovamos com diversos recursos tecnológicos, sempre com cuidado para não reforçar a desigualdade, que também pode ser digital”.

Marina Lage parabenizou as defensoras e defensores públicos pela data comemorada e pelo trabalho realizado, que “é mais do que uma profissão e envolve uma missão e uma vocação”.

Foto: Marcelo Sant’Anna

Ao apresentar o palestrante, a DPG em exercício observou que a pandemia torna todos vulneráveis e destacou a importância do ouvir e do cuidado na atividade dos defensores. “A Defensoria dá voz ao cidadão vulnerável. Para sermos voz, primeiro é preciso ser escuta, ser acolhimento”, afirmou.

‘Ajudando e ajudando-se no isolamento social’

 “Ajudando e ajudando-se no isolamento social para que todos saiam bem” foi o tema abordado por Rossandro Klinjey. Ele salientou o papel da Defensoria Pública no equilíbrio da justiça e o do defensor público como agente de transformação social.

Ao lembrar que a Defensoria mineira foi a primeira instituição a chegar em Brumadinho no dia do rompimento da barragem da Mina do Feijão, o psicólogo afirmou que em situações como essa todos são afetados emocionalmente. “Não há como estar perto da dor humana sem sentir dor. É impossível estar em um processo de ajudar as pessoas e não se impactar”, observou.

Falando sobre a pandemia e seus desdobramentos, Rossandro disse que estamos todos – estudiosos, cientistas, médicos, especialistas e as pessoas em geral – tentando compreender o que estamos vivendo e suas repercussões. “Todos estão vivendo as angústias desse momento”.

Foto: Marcelo Sant’Anna

Para ele, a pandemia e a parada para reflexão e mudança de atitude que ela evoca, têm o aspecto de trazer luz e visibilidade a “tudo o que queríamos negar”. 

O psicólogo classificou as dores afloradas pelo medo da doença e pelo isolamento social como um “conjunto de lutos. Luto pela família e amigos que não podemos visitar, pela rotina que não está sendo vivida, pela normalidade, e o luto por pessoas”.

Rossandro destacou que historicamente, após eventos trágicos como a 2ª guerra mundial, a peste negra e a gripe espanhola, “a civilização aprimorou-se depois da dor. Ao dizer que acredita que está acontecendo um movimento crescente de solidariedade, o psicólogo ressaltou o papel diário da Defensoria Pública na mitigação da injustiça. “Uma luta de Davi e Golias, sem nunca desistir”.

O psicólogo respondeu às perguntas enviadas por defensoras e defensores públicos e por uma assistida da Defensoria de Minas, abordando orientações para mulheres que estão vivendo situação de violência, mudanças nas relações familiares decorrentes da pandemia e cuidado com a saúde mental em período de isolamento, entre outras questões.

Citando histórias, o psicólogo falou sobre a necessidade de se desenvolver a capacidade de sentir a dor do outro e sentir compaixão, a ponto de se mover para ajudar, mas não ao ponto de cair na areia movediça e não ser mais capaz de ajudar.

Ao responder pergunta enviada por um defensor público, que afirmou se sentir, às vezes, “um enxugador de gelo, diante de tantas demandas e injustiça social”, Rossandro deixou uma mensagem de união aos defensores e afirmou que “quem faz concurso para a Defensoria Pública já tem uma visão diferenciada de desejo de solidariedade e assume um compromisso grandioso diante da vida”.

“É muito melhor enxugar gelo do que provocar dor. O que seria do mundo sem os enxugadores de gelo?”, ratificou.

Live teve aproximadamente 1.500 acessos
Foto: Marcelo Sant’Anna

Alessandra Amaral/Jornalista DPMG

Compartilhar com:
Tags:

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS

Utilizamos cookies neste site para: melhorar a funcionalidade, personalizar a experiência de navegação, analisar o tráfego e para efeitos de marketing e publicidade personalizada. Veja nossa Política de Privacidade.

Cookies estritamente necessários: São aqueles cookies que permitem a você navegar pelo site e usar recursos essenciais, como áreas seguras, por exemplo. Esses cookies não guardam quaisquer informações sobre você que possam ser usadas em ações de comunicação de produto ou serviço ou para lembrar as páginas navegadas no site.

Os cookies de estatísticas, ou análises, traduzem as interações dos visitantes em relatórios detalhados de comportamento, de maneira anônima.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

Os cookies ajustam o site a serviços de terceiros, como links em redes sociais, comentários, chatbots, etc.

A opinião do cidadão é importante para a constante melhoria dos serviços. Para críticas, sugestões ou esclarecer dúvidas, Fale com a Defensoria.