Na semana de celebração ao Dia internacional da Mulher, uma questão ainda ecoa de forma preocupante na sociedade: a violência praticada contra as mulheres. Discutir o assunto e tratá-lo em todas as perspectivas possíveis foi a proposta adotada para uma roda de conversa na quinta-feira (9/3), promovida pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), que contou com a participação da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).
No auditório lotado da IFMG do Campus Ribeirão das Neves, o debate reuniu mais de 200 jovens – alunos de cursos técnicos integrados e de graduação do Instituto –, que ficaram por quase 2 horas atentos às discussões e questões levantadas por três debatedores convidados: a coordenadora estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (CEDEM) da DPMG, defensora pública Samantha Vilarinho Mello Alves; o também defensor público em atuação no município, Hélio Botelho Piovesan; e a coordenadora de Políticas de Prevenção à Violência Doméstica e membra da Comissão Estadual da Mulher Advogada na OAB/MG, Isabel Araújo Rodrigues.
O encontro abordou questões como a educação em direitos, a trajetória de uma violência até a prática de um feminicídio, a importância de percepção da mulher quanto aos sinais dessa prática e os caminhos a serem percorridos em busca de ajuda oportuna. Questões levantadas pela participação e interação com o público ajudaram a aprofundar as discussões.
Para a defensora pública Samantha Vilarinho Mello Alves, o evento foi mais uma grande oportunidade de discutir e trazer luz ao assunto ainda tratado de forma tão silenciosa quanto sua prática. Segundo ela, discutir a violência contra a mulher numa data tão simbólica e de celebração é algo de extrema importância na conscientização sobre o tema, sobretudo, entre a população jovem.
“O público de alunas e alunos do IFMG é consciente de seus direitos e extremamente participativo. Foi maravilhoso estar inserida nessa troca de experiências. Particularmente, fiquei impressionada com a enorme interação de meninos nas discussões, sabedores de que são eles, os homens, os principais autores de violência de gênero contra as mulheres”, completou a coordenadora da CEDEM.