A defensora pública Carolina Morishita Ferreira, em atuação no Núcleo Estratégico da Defensoria Pública de Proteção aos Vulneráveis em Situação de Crise, participou da caravana indígena nas aldeias Naô Xohã e Katurama, das etnias Pataxó e Pataxó Hãhãhãe, em São Joaquim de Bicas. A expedição ocorreu no dia 23 de janeiro.
A “Caravana territorial no marco dos 5 anos do rompimento da barragem da Vale S.A”, realizada pelos Pataxó e Pataxó HãHãHãe atingidos, com apoio do Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (INSEA), foi uma visita itinerante acompanhada pela DPMG, buscando a visualização da presença dos indígenas na bacia do Rio Paraopeba e dos danos específicos causados ao seu modo de vida, espiritualidade e construção comunitária.
Com o propósito de trazer as assessorias técnicas que atuam na região, assim como as pessoas atingidas não indígenas, para conhecer o que está acontecendo no território, e as principais reivindicações das comunidades, a caravana marcou um importante momento de compreensão, partilha e reconhecimento das dificuldades vividas nestes 5 anos.
A defensora pública Carolina Morishita destaca a caravana como um marco importante da visibilização dos Pataxó e Pataxó Hãhãhãe, que estão juntos com todas as comunidades atingidas na luta pela reparação, e que muitas vezes não são vistos, bem como, a violência que sofrem.
Desde 2019, a Defensoria Pública de Minas tem acompanhado os Pataxó e Pataxó Hãhãhãe em suas demandas relacionadas ao rompimento da barragem. Apesar de existir um processo na Justiça Federal, há repercussão do acordo judicial nas aldeias, tendo ligação com a atuação da DPMG como, por exemplo, no fortalecimento do serviço público em que foi realizada consulta específica sobre projetos de atendimento das aldeias.
Conheça mais sobre a luta indígena pela reparação de danos na bacia do Rio Paraopeba e as principais reivindicações, assistindo ao vídeo institucional produzido pelo INSEA, com participação da DPMG: https://www.instagram.com/reel/C2x9dFKpjic/?igsh=cmI5NWZ3NDk1MTg0