Dentro da programação em celebração ao Dia Internacional da Mulher, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) realizou a roda de conversa “Papo de Mulher – Defensoras e Assistidas”.
No bate-papo, as defensoras públicas Silvana Lourenço Lobo, coordenadora da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep-MG), e Maria Cecília Pinto e Oliveira, coordenadora da Defensoria Especializada na Defesa dos Direitos das Mulheres em Situação de Violência (Nudem-BH), conversaram com as assistidas Ana Cristina Freire (assistente social), Porcina D’ Alessandro de Souza (escritora, pintora e designer de moda) e Paloma Rodrigues (escovista e designer de sobrancelha).

O objetivo foi mostrar a trajetória de cada uma e o papel que a Defensoria Pública exerce em suas vidas. De acordo com a coordenadora da Esdep, Silvana Lobo, um dos motivos para trazer assistidas de tempos e de situações diferentes foi demonstrar a trajetória evolutiva da Defensoria Pública. “Para chegar ao patamar em que está, foi um caminho muito longo a percorrer. A Instituição veio crescendo por força dos defensoras e defensores que foram chegando e, principalmente, pelo reconhecimento das pessoas assistidas, que agregou valor à Defensoria Pública de hoje”.

Para a coordenadora do Nudem-BH, defensora pública Maria Cecília, o dia 8 de março é uma data significativa para se refletir sobre a construção de uma sociedade mais igualitária, sem violência, onde as mulheres sejam livres para fazerem o que quiserem, sem limitações ou sem estereótipos. “E que a Defensoria Pública seja um vetor de emancipação feminina e sempre presente na luta pela equidade”, completou.
A defensora pública participou do evento usando a camiseta alusiva à campanha “Em defesa delas”, promovida pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), em 2019, sobre a atuação das defensoras e defensores públicos pelos direitos das mulheres. “Todas as vezes que temos um evento ou data alusiva à temática, as defensoras do Nudem-BH usam esta camiseta como símbolo de nossa atuação na defesa da mulher”, explicou Maria Cecília.
Trajetórias

Ana Cristina é assistente social e formada em Direito. Foi estagiária em Direito e assistida pela Defensoria Pública em Contagem durante a pandemia da Covid-19, de forma 100% digital. “Mesmo tendo o atendimento todo via celular, sempre fui muito bem assistida. À época, como ainda era estudante, não tinha condições de arcar com os custos de um processo. Foi na Defensoria Pública que encontrei amparo legal. Vejo a Instituição como a porta de direitos para a população”.

Paloma Rodrigues buscou a Defensoria Pública para regularizar a situação da pensão alimentícia de sua filha. Ao chegar, ficou sabendo do Projeto Oportunidade, um programa de qualificação profissional gratuito, oferecido pela DPMG em parceria com o Senac. “Vi no curso de uma grande oportunidade. Entrei aqui para pedir pouco e saí com muito. Me sinto realizada, independente financeiramente e não parei, quero muito mais. Faço mais cursos e estou montando o meu próprio espaço”.

Porcina D’Alessandro se considera uma vencedora na vida. Sua história com a Defensoria Pública começou há mais de 20 anos. “A Defensoria Pública é um órgão muito acolhedor, principalmente para quem a procura em um momento de desespero. É um lugar onde você vai com a esperança de ser atendido e assistido”.
O bate-papo foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da Defensoria Pública. Para assistir, clique aqui.
Carreata
Ainda como parte da programação do 8 de Março, pela manhã foi realizada a “Carreata pela Vida das Mulheres”, iniciativa que reuniu várias instituições e entes da sociedade civil da Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. O ponto de partida foi a Unidade I da DPMG, na Rua dos Guajajaras, no Barro Preto. Dezenas de veículos percorreram as ruas de Belo Horizonte para chamar a atenção para os números crescentes de violência de gênero e para a necessidade de efetivação dos direitos das mulheres.

Servidoras e estagiárias da Defensoria Especializada na Defesa do Direito da Mulher em Situação de Violência (Nudem-BH) participaram de todo o trajeto.
O comboio partiu da sede I da Defensoria Pública de Minas Gerais, na Rua dos Guajajaras, no Barro Preto, e terminou em um ato realizado em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no Santo Agostinho.
Cristiane Silva – Jornalista/DPMG