Com o apoio da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e da Associação das Defensoras e Defensores Públicos de Minas Gerais (ADEP-MG), o Centro de Referência da Cultura Negra de Venda Nova e a Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (REHUNA) realizaram, no sábado (29 de julho), no Parque Lagoa do Nado, em Venda Nova, o 3º Seminário de Saúde da Mulher: “Atenção Básica e Determinantes Sociais”.
O encontro reuniu mulheres conselheiras da saúde, pesquisadoras, trabalhadoras da saúde, representantes de movimentos em defesa das mulheres e dos movimentos de mulheres negras e direitos humanos de Minas. Pela DPMG, participaram as defensoras públicas Samantha Vilarinho Mello Alves, coordenadora Estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (CEDEM/DPMG), e Bruna Helena Neves Oliveira Roldam, em atuação na Defensoria Especializada de Defesa dos Direitos das Mulheres em Situação de Violência de Gênero (NUDEM-BH/DPMG).
Os direitos das mulheres, os impactos da desigualdade de gênero, econômica e territorial, políticas públicas voltadas para a atenção da mulher e racismo no SUS foram alguns dos temas debatidos pelas participantes, entremeados por depoimentos sobre maternidade, violência doméstica, abuso sexual, violência obstétrica, invisibilidade, dentre outros.
Para Samantha Vilarinho, a realização de eventos dessa natureza, com a participação e o apoio da Defensoria Pública, é fundamental para aproximar a Instituição da sociedade civil, por meio dos conselhos municipais e de outros setores de atendimento e atenção à saúde da mulher. “A aproximação da Defensoria Pública com os movimentos sociais possibilitará a construção de um novo cenário dentro da Instituição, que permitirá atuar diretamente nas especificidades da saúde das mulheres”, explicou a defensora pública.
Samantha Vilarinho lembrou que a saúde não está diretamente contemplada na rede de enfrentamento à violência contra as mulheres. “Motivo pelo qual é necessário construir uma política pública que aproxime a temática da violência à saúde, já que essa é a principal porta de entrada de casos envolvendo violência doméstica e familiar. Políticas essas que sejam acessíveis às mulheres, considerando suas interseccionalidades e vulnerabilidade social”, disse ela.
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