O defensor público de Minas Gerais, Paulo César Azevedo, foi um dos participantes da live “A dor e a delícia das transmaculinidades no Brasil: da invisibilidade às demandas”. A apresentação aconteceu na manhã desta quinta-feira (28/10).
O evento foi promovido pelo “Institute on Race, Equality and Human Rights”, uma ONG parceira da ONU e da Corte Interamericana na vigilância quanto a Direitos Humanos ao redor do mundo. Na ocasião, foi feito o lançamento do “Relatório sobre Transmasculinidade no Brasil”.
Além do defensor público, participaram do encontro o diretor executivo de Raça e Igualdade, Carlos Quesada; o co-fundador e coordenador da Revista Estudos Transviades, Bruno Pfeli; o repórter da Agencia Mural, Caê Vasconcelos; o assessor do programa LGBTI de Raça e Igualdade, Isaac Porto; o coordenador nacional da IBRAT (Instituto Brasileiro de Transmasculinidades), Kaio Lemos; e o coordenador de Políticas Públicas Étnico-Raciais do IBRAT, Phelipe Caetano. A mediação do encontro ficou a cargo da oficial do programa LGBTI de Raça e Igualdade, Zuleika Rivera.
Paulo César Azevedo integra a Câmara de Estudos de Raça e Igualdade Étnico-Racial, Diversidade Sexual e Gênero da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e iniciou sua fala destacando a ausência de representatividade de homens e mulheres transgênero em órgãos públicos que integram o sistema de Justiça. Ele abordou a questão sob a perspectiva da implementação e luta por Direitos Humanos a partir de órgãos públicos. Apresentou relatos sobre a atuação da Defensoria de Minas e os avanços da Instituição na matéria.
O “Relatório sobre Transmasculinidade no Brasil” pretende visibilizar a realidade da população transgênrero no país, incluindo aspectos relacionados ao direito à saúde, educação, além dos atravessamentos raciais e familiares. Com recomendações ao Estado brasileiro, o documento abrange os impactos gerados pela Covid-19 e as medidas necessárias para proteção dos direitos transmasculines no Brasil.
Durante a live, o defensor público destacou a participação da DPMG contra ataques à população transgênera. “A DPMG está aberta para qualquer tipo de diálogo e construção que atentem para essas necessidades das pessoas transmasculinas e as demais pessoas que sofrem com hostilidade por expressarem identidade de gênero e orientação sexual, em desconformidade com as expectativas sociais com a nossa cultura ainda muito preconceituosa”.
A transmissão for feita pela página “The International Institute on Race, Equality and Human Rightsno” no instagram (@raceandequality). O evento foi traduzido para o inglês e espanhol, direcionado para todo o continente americano. Para assistir, clique aqui.