A Escola Superior da Defensoria Pública de Minas Gerais (ESDEP) realizou, na manhã do dia 29 de setembro (sexta-feira), o minicurso “Formação: Orientações para o atendimento ao público travesti, trans e não–binárie”.
O encontro começou às 9h30 no Auditório da Unidade I da DPMG e foi ministrado pela psicóloga clínica e social Dalcira Ferrão, que possui vasta experiência no atendimento do público LGBTQIA+, mulheres e população negra.
Voltada às servidoras e aos servidores da DPMG, a palestra teve por objetivo refletir e orientar sobre a postura adequada para o tratamento no atendimento de pessoas travestis, trans e não-bináries. “Algo que prezamos especialmente na Defensoria é o acolhimento das pessoas que chegam aqui. E quem está na linha de frente nesse sentido são os servidores”, disse o defensor público Vladimir Rodrigues.
Uma breve dinâmica para reforçar a importância da empatia no atendimento ao público abriu o evento. Nela, os ouvintes foram orientados para se retirarem do auditório e foram chamados de volta aos poucos, sendo tratados de formas diferentes, com mais ou menos amistosidade. “Com a dinâmica, buscamos lembrar que a empatia pode ser treinada”, explicou Dalcira.
A psicóloga fez um histórico das terminologias que envolvem a sigla LGBTQIA+ e explicou como ela evoluiu desde que começou a ser usada e o que cada termo significa. Uso de nome social, pronomes e linguagem neutra, uso do banheiro, acolhimento a uma pessoa trans, entre outros assuntos, foram abordados.
Dalcira não se deteve em apenas informar a plateia e buscou destacar a importância de se respeitar as individualidades e escolhas e cada um. “Entre os jovens, conseguimos perceber uma tendência de essas discussões estarem muito mais acessíveis. A dificuldade tem sido para nós, adultos que viemos de uma outra construção de educação e entendemos nossas normas por outros vieses. Mas esse é um caminho sem volta”, afirmou Dalcira.
Luigy Hudson – Estagiário sob a supervisão da Ascom.