Convidados a participar desta grande festa da cidadania, Capitão América e Homem-Aranha fizeram questão de confirmar presença. E com eles, uma grande equipe heróis e heroínas servidoras e servidores, defensoras e defensores públicos da justiça mobilizados nesta iniciativa da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG): o Mutirão Direito a Ter Pai de 2022.
Pelos andares e corredores da Instituição, pais, mães, filhas e filhos acompanhados de parentes envolvidos num grande mutirão de emoções, tiveram como foco a restauração e o fortalecimento dos vínculos familiares a partir de algo tão simples e tão importante na vida de qualquer pessoa: o direito de ter na certidão de nascimento o nome do pai.

Possibilidade que foi um estímulo a mais para que Jessyca Cristina de Almeida Marques saísse do bairro Mantiqueira, em Venda Nova, para participar do Mutirão Direito a Ter Pai. “É um trabalho muito bom esse feito pela Defensoria em que a gente tem esse processo gratuito de poder reconhecer um filho. Porque é um direito da criança”, disse a cabeleireira ao lado da filha de seis anos, enquanto aguardava a chegada do companheiro.
O reconhecimento espontâneo, uma das possibilidades atendidas pelo mutirão, possibilitou ao taxista Jorge Eustáquio, de 65 anos, reconhecer o filho André Luiz 34 anos depois e como uma promessa feita à ex-esposa, já falecida. Um momento em que a assinatura do documento presenciado pela filha do atual casamento foi celebrado com um imenso abraço a três.
“Feliz, feliz por saber que agora eu tenho o nome dele na minha certidão de nascimento. O que para mim é muito importante. Com essa oportunidade, a gente vai poder colocar esse sobrenome na certidão do netinho dele. Demorou, mas chegou. Era o que eu sonhava mesmo”, disse o motoboy André Luiz, com os olhos marejados.

Histórias e relatos foram compartilhados com os mais variados veículos de imprensa que ocuparam os espaços da Defensoria Pública e tinham como objetivo encontrar um boa história para noticiar. “Diante de tudo que experimentamos, é difícil expressar e mensurar o sentimento de gratidão vivenciado nesse dia. Momento emocionante! Lindo ver a alegria das famílias em ter a oportunidade de se unir num único propósito, de proporcionar uma nova história aos seus filhos, filhas, pais e mães. Direito a ter pai ou mãe que vão muito além de um direito. Que falam sobre um ato de amor!”, disse a coordenadora de Família e Sucessões, defensora pública Dayanne Mendes.
“Temos muito orgulho e satisfação do trabalho construído por muitas mãos neste dia. E tenho convicção que a Defensoria Pública de Minas, hoje, cumpriu o seu papel de agente de transformação social, levando dignidade e cidadania à população atendida”, destacou a coordenadora de Projetos, Convênios e Parcerias, defensora pública Michelle Lopes Mascarenhas Glaeser.
Jacques Leal – Jornalista/DPMG