A defensora pública Adriana Patrícia Campos Pereira, coordenadora do Núcleo de Atuação junto aos Tribunais Superiores, da Defensoria Pública de Minas Gerais, em Brasília, participou de sessão realizada pela Câmara dos Deputados para marcar os mil dias do rompimento da barragem de Brumadinho. O evento ocorreu no dia 29 de novembro como forma de prestar solidariedade às vítimas e cobrar justiça e reparação.
Em mensagem enviada, o presidente da Casa, deputado Arthur Lira, destacou que a Câmara acompanhou as investigações do acidente com uma comissão externa, aprovou mudanças na política nacional de segurança de barragens (Lei 14.066/20) e a criação de uma política nacional de direitos da população atingida por barragens (PL 2788/19) para evitar que as tragédias se repitam. Essa última proposta ainda vai a votação no Senado.
O deputado mineiro Júlio Delgado, que foi relator da Comissão Externa que investigou o acidente, defendeu que as ações das vítimas de Brumadinho e de Mariana sejam julgadas pela Justiça de Minas Gerais. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou a denúncia produzida pelo Ministério Público de Minas Gerais e agora o caso corre na Justiça Federal.
A presidente da Associação de Familiares de Vítimas, Alexandra Costa, afirmou que a retirada do processo da Justiça de Minas Gerais marca “mil dias de impunidade”. “Nós queremos que o processo vá a júri popular na justiça de Brumadinho”, disse.
A defensora pública Adriana Patrícia Campos Pereira, em seu pronunciamento, afirmou que o trabalho diligente da associação de vítimas terá resultado. “Na luta contra Davi e Golias, quem ganhou foi Davi, mesmo tendo menos força. Nós queremos que as respostas justas sejam dadas após Brumadinho”, disse.
Com informações da Agência Câmara de Notícias