A defensora pública Lígia Oliveira, em atuação na comarca de Pedro Leopoldo, foi palestrante do 7º encontro do minicurso “Sistema Prisional e Grupo de Hipervulneráveis”. O evento aconteceu na sexta-feira (22/10).
Lígia Oliveira abordou o racismo no sistema prisional, com reflexões a respeito da colocação escassa de negros e negras no ambiente de justiça em relação à quantidade de pessoas negras assistidas pela Defensoria Pública.
Ao longo de sua apresentação, para falar a respeito do racismo no sistema carcerário, Lígia Oliveira destacou sobre a escravidão e seus reflexos na sociedade atual. Ela também falou acerca da necessidade de se entender as concepções do racismo – individualista, institucional e estrutural – e as diferenças dos conceitos racismo, preconceito racial e discriminação racial.
A defensora pública ressaltou a importância de ações civis públicas e posições ativas que debatam o combate ao racismo, além do destaque ao retrato da abordagem policial, números da população carcerária em relação a homens e mulheres negros e dados da violência contra pessoa negra. Apontou ainda o papel da Defensoria Pública em defesa a essa parcela da população.
“O domínio de homens brancos em instituições públicas e privadas decorre, em primeiro lugar, da existência de regras e padrões que dificultem a ascensão de negros no sistema”, reforçou durante a apresentação.
Sistema Prisional e Grupo de Hipervulneráveis
O minicurso “Sistema Prisional e Grupo de Hipervulneráveis”, promovido pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), por meio da Escola Superior (Esdep), foi dividido em encontros temáticos, todas as sextas-feiras, desde o dia 20 de agosto.
O curso debateu temas diversos como racismo, grupo de mulheres, estrangeiros, entre outros.