A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) participou nesta segunda-feira (1°/8) do programa “Giro de Notícias” – uma live semanal produzida pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB Minas). O objetivo foi abordar o trabalho que tem sido feito pela Instituição no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres, para as trabalhadoras e trabalhadores.
A entrevista teve a participação da defensora pública Samantha Vilarinho Alves, coordenadora estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, e foi conduzida pela presidente licenciada da CTB Minas, Valéria Morato. A defensora pública falou sobre o papel da DPMG e esclareceu os campos de atuação da Instituição.
Com o tema “Defensoria Pública e o Combate à Violência contra a Mulher”, o bate-papo teve o objetivo de discutir questões que afetam trabalhadoras e trabalhadores e foi provocado à luz de alarmante estatística apontada pelo Anuário da Violência, que mostra aumento significativo no número de assassinatos praticados contra mulheres em Minas Gerais. De janeiro a maio de 2022 já foram registrados 142 feminicídios, colocando o estado como recordista no país.

“Os levantamentos assustam e revelam uma estatística bastante preocupante e crescente, já que em todo ano de 2021, 154 mulheres foram vítimas de crime por feminicídio em Minas”, destacou a defensora pública, que também faz parte da Comissão de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher do Conselho Nacional de Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege).
A live teve duração de 35 minutos e uma boa participação dos internautas. A defensora pública trouxe orientações e dicas às mulheres de como lidar com situações de violência e buscar caminhos e alternativas para enfrentar esse problema, cujo trânsito vai de uma simples ameaça até chegar a um feminicídio.
Perguntada sobre políticas públicas que visam romper esse ciclo de violência contra as mulheres, Samantha Vilarinho destacou alguns avanços, sobretudo em Belo Horizonte, a partir da mudança estrutural na Polícia Civil, da implantação de centros de referência e da criação da Casa de Mulher Mineira.
“Noventa por cento das mulheres mortas no ano passado não tinham medidas protetivas, por medo de procurar apoio. Daí a importância de a mulher que esteja sendo violentada em seus direitos recorrer às instituições oficiais para minimizar tais ocorrências, o que pode pressionar e reprimir os agressores, num contexto que passa pela masculinidade hegemônica e o machismo estrutural”, ressaltou a defensora pública.
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Jacques Leal – Jornalista/DPMG