Defensoria Pública de Minas e Esdep levantam propostas de pais e especialistas no último encontro do seminário ‘Autismo: Educar para Incluir’

Por Assessoria de Comunicação em 4 de outubro de 2022

A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), por meio de sua Escola Superior (Esdep-MG), realizou no sábado, dia 1º/10, o terceiro e último ciclo de conversas do seminário “Autismo: Educar para Incluir”.

O objetivo do seminário foi promover o diálogo aberto e construtivo sobre as propostas de inclusão escolar de qualidade das crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista (TEA), apresentadas por representantes de escolas públicas e particulares, famílias, equipe multidisciplinar e sociedade em geral. 

O evento teve formato híbrido, realizado presencialmente no auditório da sede da Instituição em Belo Horizonte, com transmissão pelo canal da DPMG no YouTube.

O defensor público Luis Renato Braga Arêas Pinheiro abriu o evento e foi o mediador da mesa de debates. Luis Renato é coordenador-geral da Rede de Proteção da Pessoa com Deficiência das Instituições do Sistema de Justiça e Instituições Públicas do Estado de Minas Gerais, membro da Comissão Especial do Direito das Pessoas com Deficiência da Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos (Anadep) e gestor do projeto “Inclusão Verde Mundo – Rede em Proteção”, da DPMG.

Também participaram a defensora pública Luciana Leão Lara Luce, coordenadora da Câmara de Estudos de Métodos Adequados da Solução de Conflitos e Atuação Extrajudicial; o defensor público Estêvão Machado de Assis Carvalho, coordenador da Defensoria Especializada da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência; a defensora pública Fernanda Cristiane Fernandes Milagres, também atuante na Especializada; Debora Ferreira de Oliveira, representante do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG); Lucia Gomes Vieira, representante da Diretoria de Educação Inclusiva da Prefeitura de Belo Horizonte; Luciana Sá de Lima, coordenadora da Educação Inclusiva da Prefeitura de Nova Lima, e Flávia Oliveira, representando a Secretaria Municipal de Educação de Contagem.

Ciclo de conversas reuniu defensoras e defensores públicos, agentes públicos, especialistas e familiares no auditório da Defensoria, em BH – Fotos: Claudinei Souza/DPMG

O ciclo de conversas tratou de encaminhamentos para que a educação inclusiva ocorra na prática.

O evento contou ainda com a participação de pais e mães de alunas e alunos com espectro autista, que tiveram oportunidade de relatar as suas experiências pessoais em relação à inclusão escolar de filhas e filhos, que tem sido desafiadora devido a falhas no preparo e adaptação das escolas no trato com estes alunos.

Os pais demonstraram preocupação em saber de quem cobrar para que a lei se faça valer acerca do direito à educação das crianças.

Luis Renato ressaltou a importância de estarem tecendo uma rede de proteção que, por abranger demais instituições, há a necessidade de que todos envolvidas e envolvidos tenham o devido entendimento acerca da inclusão, que precisa ser feito por meio de profissionais de atuação multidisciplinar.

A estudante Nicole Oliveira, de 14 anos, relatou suas experiências no ambiente escolar

A estudante Nicole Oliveira, de 14 anos, que está no espectro autista, evidenciou o fato das pessoas acreditarem que o autista não tem empatia, mas que diante dos testemunhos dos pais e mães que ela ouviu, relatando os transtornos com seus filhos autistas no meio educacional, ela questiona sobre quem de fato não tem essa empatia. Segundo ela, são as pessoas da escola que não estão sendo empáticos com os alunos autistas.

Nicole lembrou que na instituição de ensino em que é aluna, o único dia em que citaram a pessoa com deficiência foi em data comemorativa. A adolescente também falou sobre o despreparo da escola em recebê-la, sendo a internet uma aliada em seu aprendizado sobre si mesma como autista. A estudante, por fim, citou a pluralidade da comunidade autista, o que justifica as diferenças nas atitudes individuais.

Pais, mães e demais representantes da sociedade apresentaram sugestões para a educação inclusiva

Atuação multidisciplinar

A fisioterapeuta e enfermeira Vanessa Barbalho ressaltou que cabe à escola, quando identifica e recebe o aluno com demanda especial diferenciada, o dever de procurar a equipe multidisciplinar.

Para ela, a equipe vem junto com a escola, no sentido das adaptações, com objetivo de ensinar conjuntamente e entender qual melhor funcionamento daquela criança enquanto autista, bem como buscar as melhores práticas de adaptação.

Lucia Gomes Vieira, representante da Diretoria de Educação Inclusiva da Prefeitura de Belo Horizonte, esclareceu que o atendimento educacional especializado tenta pensar, junto aos professores, as barreiras de adaptação, observando a criança dentro de sala de aula e em todos os contextos sociais da escola, assim como as interações com as demais.

Para o defensor público Luis Renato foi cumprido o propósito das conversas em busca de soluções, proporcionadas pelo seminário.

Diante da participação das defensoras e defensores públicos e representantes do meio educacional, que estiveram à disposição para ouvir pais e mães de crianças e adolescentes com espectro autista, que expressaram seus sentimentos e experiências, o seminário tornou ainda mais evidente a importância e necessidade da luta por uma educação inclusiva de qualidade, que atenda às necessidades dessas crianças e adolescentes, assim como a busca por soluções para as dificuldades enfrentadas no processo.

Clique abaixo para assistir na íntegra.

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