A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) realizou no último dia 26 de maio o “Mutirão de Conciliação” em casos envolvendo rompimento de vínculo afetivo em João Monlevade. Participaram dos atendimentos as defensoras públicas Renata Martins de Souza, coordenadora da unidade local, e Amanda Alves Buere Serafim.
Foi prestado atendimento jurídico-psicológico, por meio de uma parceria firmada entre a DPMG e a Faculdade de Psicologia da Rede de Ensino Doctum. A relação transdisciplinar entre os profissionais de Direito e Psicologia teve por objetivo a busca por uma solução amigável nas demandas envolvendo divórcio, reconhecimento e dissolução de união estável.
No total, foram prestados 20 atendimentos, com 14 acordos firmados. Outros cinco atendimentos foram remarcados para nova rodada de conciliação. Em um caso não foi feito o acordo.

Segundo as defensoras públicas, o rompimento de um relacionamento, não raras vezes, ocasiona algum desgaste emocional dos envolvidos. Em muitos casos, a justiça chega mesmo a ser encarada como um meio de vingança e não necessariamente de solução de conflito. Por outro lado, enfrentar um litígio judicial pode acarretar para ambas as partes elevados desgastes emocionais que, se não acautelados, podem colocar em risco a saúde mental dos envolvidos.
Desta forma, o objetivo do mutirão foi resolver conflitos familiares usando os princípios da autocomposição, ou seja, priorizando a resolução de forma extrajudicial. A intervenção prévia por parte dos profissionais da Psicologia tem como finalidade auxiliar as assistidas e assistidos da Defensoria Pública a lidar com as emoções advindas do processo judicial. “O foco, portanto, foi assessorar não apenas juridicamente, mas também promover bem-estar e saúde mental das pessoas atendidas”, concluiu a defensora pública Renata Souza.