Amplamente envolvida com as questões de proteção aos vulneráveis e em situação de crise, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) participou nesta quinta-feira (15) da Expo e Congresso Brasileiro de Mineração, a Exposibram 2022, evento tradicional do setor mineral brasileiro que reúne as mais importantes lideranças do segmento da mineração.
Convidada a palestrar, a Instituição foi representada pelo defensor público Antônio Lopes de Carvalho Filho, que abordou como tema os “Trabalhos de reparação do acidente em Brumadinho, Minas Gerais”.
Com ampla repercussão nacional e mundial, o desastre ambiental ocorrido em Brumadinho, com a avalanche de rejeitos liberada no rompimento da barragem provocou a morte de 272 pessoas e deixou um rastro de destruição em comunidades, degradação ambiental e poluição do Rio Paraopeba. O tema foi resgatado pelo defensor público como forma de reforçar a posição da Defensoria Pública de Minas de respeito irrestrito aos direitos humanos por parte das mineradoras.
Para Antônio Lopes, que coordena o Núcleo Estratégico de Proteção aos Vulneráveis em Situação de Crise da DPMG, a prática da atividade minerária não pode ser conflitante com a pluralidade de interesses envolvidos. Um deles, relacionado às famílias que vivem em comunidades onde a atividade de mineração é exercida. “Sabemos que a atividade produtiva deve existir. Mas sua prática deve estar sempre alinhada à preservação da vida humana dentro das comunidades onde atuam. Uma construção em que a convivência harmônica entre a produção e a população deve ser priorizada, considerando que o objetivo final de toda sociedade é de promover, da melhor forma, a vida humana”, declarou o defensor.
No evento, projetos, casos de sucesso, novidades, novos negócios e perspectivas para as próximas décadas no segmento minerário foram amplamente discutidos por especialistas e profissionais de setores afins. Foram problematizados os desafios enfrentados pelo setor mineral nos contextos político e socioeconômico global, tendo a Defensoria Pública levado ao setor produtivo a necessidade de respeito a uma cultura de direitos humanos.
Jornalista Jacques Leal